É domingo. manhã. faz sol; mas nem tanto: agradável. Eu estou no meu quarto. Recebemos visita ontem: minha tia veio passar dois dias aqui. ela está conversando com meu avó no quintal.
Como se não bastasse eu ter visto um disco voador esta semana (um disco voador, que absurdo), eu ouvi algo "curioso":
no correr duma conversa, minha tia percebeu algo:
-ó lá, pai, um balão. balão? não, não é um balão não, é uma bomba!
neste instante, eu parei tudo. uma bomba! voando! já olhei pra janela pra ver. mas minha tia corrigiu; e piorou:
-ah não, é um balão mesmo... (percebam a tristeza) (...) e se uma bomba estiver dentro do balão?
[...]
"não leia mais: a crónica (ou conto?) terminou no parágrafo anterior. mas, se você gostou, continue lendo."
A conversa continuou. ...e ficou filosófica... .
-é assim mesmo, tudo é passageiro.
-é verdade.
(...) (desta parte, eu não me lembro).
-eu não acredito não...
-é, eu também não.
(...)
mas, e se realmente fosse uma bomba; ou melhor, e se houvesse mesmo uma bomba dentro do balão?