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cronicas-->As Mesmas Notícias -- 20/11/2001 - 12:24 (Ingrid Valiengo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Escrever sobre o que não escreveram ainda é a melhor idéia do dia. Óbvio, porém prudente. Porque ninguém mais aguenta ouvir, ver ou ler sobre Afegansitão, Bush e Bin Laden. (jurei que não escreveria esses nomes na minha crónica). Tudo bem, essa é a realidade, é o que precisamos para ficarmos por dentro das notícias. Mas acho que ninguém ficou mais atualizado em relação à geografia, pelo menos, todo mundo sabe onde fica o Afeganistão. E onde se situavam as torres gêmeas do World Trade Center. Um amigo meu, disse, que ao ver os filmes americanos, fica procurando pelas torres. Eu fiz isso também no filme Inteligência Emocional. A Terra completamente destruída e modificada e lá estava Nova York e suas torres gêmeas. Confesso que não foi de partir o coração. Na verdade, antes dessa Guerra e os discursos de Bush, até que meu coração estava um pouco abalado com o acontecimento, mas vejam só: não há coisa mais chata ultimamente! Só tem isso no noticiário. Ou é a repetição dos aviões indo ao encontro dos dois prédios, o Bush falando com aquela cara de quem está de ressaca ou os pobres miseráveis do Ageganistão. _ Cabul sofre mais uma vez com os bombardeios _ vejo a expressão de horror de Fátima Bernardes no Jornal Nacional. Ora, que novidade! Cabul sendo bombardeada! Me diz uma coisa que eu não sabia, pelo amor de Deus.
No dia 11 de setembro, ao ver o que estava passando pela Tv, só fiquei pensando na chamada do Jornal Nacional. Do hino dos EUA tocando todo momento. De histórias sobre as pessoas que sobreviveram. Não deveria ter pensado nisso, pelo menos veria, dias, semanas e meses depois, como algo novo na minha mente. Mas não, mania de jornalista é fogo! Minha cabeça ficou rodando, esperando todo o suprimento de notícias desse tempo todo. E todas elas foram passando pela tv, sem ter a mínima piedade comigo.
E a história da "censura" Norte Americana! O que é isso minha gente? Ninguém pode fazer uma coisa dessas! Proibir a transmissão de imagens de Bin Laden, Afeganistão etc... A justificativa é o medo de estarem passando instruções por código. Olha, a maior instrução passada por Bin Laden já foi feita, e não precisou de tv nenhuma. E o jornalista de renome do 60 minutos? Chorou como um "baby" no David Leterman. O curioso é que ele não chorou pelas vítimas, e sim quando estava falando de Bush. Depois fui saber que o pobre homem fez campanha para o atual presidente dos Eua. Ah, explicado!
Não pensem que joguei meu coração na lata de lixo antes de escrever essa crónica. Fiquei chocada com algumas imagens, como a corrida desesperada das pessoas, gente se jogando dos prédios. Me dói também ver aquelas pessoas que morrem de fome e desilusão no Afeganistão e Paquistão. Impressiona a relação morte e vida desses terroristas. Mas penso como o Jó Soares. Na morte do Ayrton Senna ele chegou ao programa e disse. _ Me dói ver Ayrton batendo com o carro no muro, claro, mas a maior dor é vê-lo morrendo toda hora, pois as imagens não param de passar. E é verdade. Não dá para ficar se remoendo e revendo tudo o que passou no dia 11 de setembro, já chegam as retrospectivas de fim de ano da Globo, SBT, Band, etc... Isso é que dói o coração.
Prometi que não iria falar nesse assunto, mas acabei me rendendo. Fui contagiada, o que posso fazer? Só espero que na semana que vem os noticiários estejam mais suáveis. Que a Guerra esteja chegando ao fim, difícil, mas escrevo mesmo assim. Que daqui a algum tempo possamos não depender tanto dos Eua, pois já vimos no que pode dar. E o mais difícil: Anseio, de coração, que possamos apagar essas imagens da nossa cabeça.
Pois bem, vou ver um pouco da novela "das oito" ("das 9:00", não é?). E adivinhem do que vou me lembrar? Só uma dica: Marrocos, mulheres proibidas de fazerem quase tudo, sensacionalismo de Glória Perez. Meu Deus, até na novela, Bush, Bin Laden e tudo mais, conseguiram aportar. É mesmo o fim do mundo.


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