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cronicas-->SOS para o Amor -- 21/04/2000 - 13:35 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Marina e Roberto conheceram-se fazia pouco tempo e logo tinham-se sentido irremediavelmente atraídos um pelo outro.
Logo perceberam, mais do que atração física, uma afinidade maior, comunhão de idéias, gostos, ideais, tudo aquilo que faz um verdadeiro encontro a dois.
Ora, acontece que ambos eram pessoas bem informadas e, além do mais, conscientes e responsáveis.
Saíram juntos algumas vezes e, em dado momento, sentiram a necessidade daquele "algo mais".
Já se encontravam no famoso "lugarzinho aconchegante", quando Marina lembrou-se de fazer a clássica pergunta:
- Como vamos prevenir?
- Ah, bem, deixa pra depois.
- Como deixa pra depois?
- Não sei, não gosto de camisinha...
- Não acredito.
- Por que você não usa pílula?
- Não uso. E não é só isso...
- Então, o que mais?
- Ora, meu bem, a Aids...
- Marina, acho que devia ter tocado nesse assunto antes.
- Eu devia, não, nós devíamos.
Mas ele não se continha: entre abraços, beijos e amassos, tentava faze-la esquecer o assunto. Mas Marina foi firme: "sem camisinha, nada feito". Voltaram ao assunto, dessa vez de forma mais racional. E Marina, como sempre, direta:
- Roberto, você fez exame?
- Que exame?
- Ora,o exame do HIV...
- Fiz, mas faz um tempinho.
- Quanto tempo?
- Uns seis meses, mais ou menos.
- Então, meu bem, nada feito. Vamos embora.
- Como assim, vamos embora?
- Assim: você faz o exame e depois do resultado, a gente volta.
- Ah, é assim?
- Não me leve a mal, mas precisamos ser prudentes.
- E você, fez o exame?
- Eu faço, todo mês. Aqui está o último resultado.
E exibiu a Roberto aquele papel frio, que pouco ou nada falava de amor, mas apenas
Dito isso, saíram; cada um foi para a sua casa.
Roberto fez não um, mas três exames, o que demorou alguns dias, inclusive porque desta feita ele queria ter a mais absoluta certeza do que estava fazendo.
Obtidos os resultados - todos os exames deram negativo - Roberto procurou Marina.
Esta havia ido passar alguns dias no interior. A mãe estava adoentada, mas ela estaria de volta logo, logo, era o recado.
Assim que Marina voltou, ligou para Roberto e marcaram novo encontro.
- E então, Roberto, tenho certeza...
- Claro, Marina, eu sabia que ia dar negativo.
- Então, vamos comemorar?
- Vamos comemorar naquele "lugarzinho aconchegante".
Deixaram o barzinho e rumaram para o "lugarzinho".
Mas, estranhamente, nada ocorreu conforme o esperado. Em pouco tempo ambos perceberam que o momento havia passado e o relacionamento estava definitivamente comprometido.
Tinha-se quebrado o encanto, passado o desejo e, na melhor das hipóteses, se continuassem juntos, tudo seria mais frio e mais mecànico, pois que se destruíra o alicerce
da relação, a confiança.
Isto posto, o diálogo final:
- Então, vamos ser amigos?
- Acho que é isso. Ainda podemos ser bons amigos.
Roberto levou-a para casa e ambos manifestaram o desejo de continuar a ser ver, apenas como amigos.
Mas em pouco tempo, interesses conflitantes e outros contratempos acabaram separando-os. Nunca mais se viram.






















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