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cronicas-->O pai do Freud -- 02/05/2000 - 20:18 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O pai do Freud

O pai do Freud, antes de ficar sozinho com o filho para criar (lembra-se, a mãe abandonou o lar, não sem antes contar ao marido, tim-por-tim, o sonhos premonitórios a respeito da educação dos filhos, do sentimento de culpa, da rejeição, do complexo de Édipo).
Pois foi justamente por causa da tal rejeição que o marido, aflito, foi procurar a mulher, meses depois e a convenceu a voltar para casa.
Ela não tinha mais dúvidas de que se deve educar o filho, mesmo esquecendo às vezes a cruel palavra.
Mas, quanto ao pai de Freud, era o ser mais angustiado da face da terra.
Não entendendo o que existe de inconsciente por trás do tal complexo de Édipo, já que, nessa época, nem o próprio Freud ao menos sonhava com isso, o pai passava noites e noites sem dormir. Inclusive ficou com o sono leve, de tanto vigiar o momento em que o filho caísse na tentação.
O pobre homem não tinha sossego. Passou a voltar mais cedo do trabalho, sempre na espreita, na expectativa.
Foi por isso que, griladíssimo e com medo de perder a esposa para o rival em potencial -e mais jovem, pensou em afasta-lo definitivamente de casa, mandando-o para o Brasil.
Questionado sobre o motivo da escolha, o pai respondeu vagamente que "era um país jovem, formado por culturas divergentes, o que seria muito boa experiência de vida para o
filho.
Mas era ele quem tinha passado a ter estranhos sonhos. E a cada noite sonhava com Freud no nosso país. E porque tinha uma visão errónea do Brasil, em seus sonhos via o filho sendo devorado pelos canibais. Só não ficava com sentimento de culpa devido a esses sonhos, porque a mulher esquecera de contar-lhe sobre a futura interpretação do filho de o sonho é a realização do desejo.
E assim a vida continuou.
O pai foi demovido da idéia de mandar o filho para o Brasil e, quando este chegou à adolescência, a própria mãe tentou entregá-lo para uma família adotiva, pressionada pelas graves responsabilidades e eternas dúvidas quanto à criação do filho.
Alguém acha essa história inverossímil?
Pois então, digam-me se não é verdade que, nós, pais e mães comuns de crianças e adolescentes comuns, quantas vezes não nos sentimos aflitos, sem saber como agir com nossos filhos, na eterna dúvida entre dar-lhes ou não a merecida palmada, aceitar ou não o namorado ou namorada que não aprovamos, permitir ou não que acampem no fim-de-semana com os amigos e o namorado ou namorada?
E quando se trata das chaves do carro, então?
Você nunca teve esse problema? Se nunca teve, que atire a primeira pedra, porque eles começam a pedir ou a pegar as chaves do carro bem antes de estarem devidamente habilitados e dirigirem com segurança.
E foi exatamente por prever, através de seus sonhos, esse tipo de comportamento, que o pai de Freud dizia:
- Graças a Deus que, pelo menos, ainda não existe carro!
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