Usina de Letras
Usina de Letras
76 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62750 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22563)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51134)
Humor (20114)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141064)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Me dê a volta, Ricardo. -- 08/04/2002 - 16:25 (Ingrid Valiengo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ricardo nasceu na mesma cidade que eu, mas não chegou a ser meu amigo de infància. Mudei de colégio na quinta série e ele permaneceu no mesmo. Encontrava com ele poucas vezes e não tinha muita intimidade. Um belo dia, estava participando de um trote na faculdade e fui dar uma olhada na bagunça de Direito e Ricardo estava cheio de areia e água de peixe. Tinha acabado de entrar para a faculdade. Descobri que ele estava morando perto da minha casa e que minha grade de estudo era parecida com a dele. Por esse motivo, Ricardo começou a me dar carona para "o estudo".
Ricardinho se tornou meu confidente no imenso engarrafamento. Me fazia rir todo o tempo e me buscava em casa todos os dias. Lembro que as vezes ia para minha sala de aula implorar ao professor para deixar eu sair mais cedo só para pegarmos a última sessão de cinema. Nossas conversas, em meio aos chopps gelados, varavam a madrugada e contávamos histórias da nossa cidade e como as coisas mudavam. Eu colecionava suas gírias, e ria compulsivamente de sua forma de falar. íamos para o shopping fazer compra sem nos preocuparmos com o fim do mês e com as contas que fazíamos. Lembro que ajudei a reformar seu apartamento e colocamos um tema em cada cómodo e, em seu quarto, o estilo japonês gritava as porcarias que insistíamos em entulhar.

A faculdade acabou e nossas viagens também. Cada um seguiu seu rumo, pois o tempo não nos deixou parar por nenhum motivo. Encontrei Ricardo poucas vezes pela cidade. Uma vez no Shopping no dia de Natal, outra em Pádua, ao passar de carro.

Talvez a saudade me faça escrever essa crónica. Ou um pedido de visita no sábado de sol. Quem sabe? Mas espero mesmo que os engarrafamentos continuem por algum tempo. E que, dia desses, eu possa ficar parada novamente na ponte e que Ricardo esteja ao meu lado. Nesse instante, poderemos colecionar gírias, amar as musicas e transformar o dia.
Quem sabe?
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui