Usina de Letras
Usina de Letras
259 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62772 )
Cartas ( 21342)
Contos (13287)
Cordel (10347)
Crônicas (22564)
Discursos (3245)
Ensaios - (10535)
Erótico (13585)
Frases (51151)
Humor (20114)
Infantil (5541)
Infanto Juvenil (4865)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141073)
Redação (3341)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6297)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Cultivando Amigos -- 20/04/2002 - 22:17 (Alyne Roberta Neves Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ser amigo é um dom e a amizade uma das mais belas virtudes. Não há sorriso mais pleno que aquele que coincide com o do amigo, quando por um simples cruzar de olhares se transmite um pensamento, uma intenção, uma lembrança ou quem sabe, uma cisma qualquer.
Amizade é cultivo. O solo de um coração sem amigos é semi-árido, repleto de cactos, espinhos, calor e dor. Mas lá no fundo, há certamente represado um manancial, uma vontade quase insana de se ter um amigo.
Não há dor mais triste que a de rever um amigo que há muito não encontramos. É a cicatriz da certeza de que aquela amizade morreu. Porque amigos, amigos de verdade, não ficam muito tempo sem trocarem notícias: Telefonam, mandam uma carta, um bilheitinho, perguntam a "alguém" por, enviam e-mail, pensam muito e tanto que acabam encontrando de repente numa livraria qualquer. E é por isso que uma tristeza nos invade quando reencontramos um "velho amigo". Isto porque "velhos amigos" não existem. Nós é que não fomos flor o suficiente para permanecermos em seu jardim. E aí, nos damos conta que aquele não é um velho amigo e sim um amigo morto. Cruelmente assassinado pela nossa falta de capacidade de valorizar a amizade.
Assim, como há os amigos que cruelmente mandamos embora de nossas vidas, há aqueles que em nome de nossa sobrevivência afetiva devemos expurgar. Romper laços, para que nosso jardim interior possa continuar a florir. Mais valem dois amigos no coração que uma dúzia voando em torno de nossa essência, à espreita, sedentos da primeira oportunidade pra jogar o bote.
A pior traição que podemos sofre é a de um falso amigo. Ela nos transtorna, nos nubla e reduz a nossa capacidade de ir em busca e confiar no outro.
O primeiro sintoma de um falso amigo é te colocar em cheque face as coisas que você amigavelmente lhe confiou e, em razão disso, o poeta Renato Russo apelou: "...Quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim."
O segundo sinal de um falso amigo é que ele nunca está ao seu lado nas quedas e tropeços, quando você sofre, urra de dor ou pede socorro. Ele sequer é capaz de perceber que você caiu.
E inexiste um terceiro sinal, pois a esta altura você percebeu que ele não era um amigo, antes um vampiro e você não fala o idioma dos vampiros, sobretudo porque ao contrário de você vampiros não são amigos e sequer sabem rir ou chorar.
Sem dúvidas a vida é um processo seletivo e não há que ser diferente no terreno da amizade. Amizade é terreno muito fértil, há sempre alguém disposto a ter no coração um amigo de verdade. A te dar a mão, pouco importando de onde você tenha vindo, de quantas cicatrizes e quedas compõe-se seu coração. Rir contigo, secar tuas lágrimas com o manto da sinceridade. É tudo uma questão de saber escolher dentre as possibilidades que a vida nos presenteia. Eu posso me orgulhar da meia dúzia de amigos que tenho, sensacionais. Mas é importante lembrar que o seu melhor amigo é você mesmo... Porque dentro de você mora Deus.

Salvador, abril de 2002

Para você Miguel, pela maravilhosa oportunidade de ter se tornado meu amigo.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui