Passeando pela TV, que não tem dia, nem noite, é tudo a mesma coisa, só mudam as caras, mas a norma,o sistema, a regra, a maneira, o gênero e a qualidade duvidosa, continuam a mesma, me deparei com as emissoras religiosas, que depois de nos tomar conta das emissoras AM e FM investem pesado na TV, na vã tentativa de levar todo mundo pro céu.
A idéia até que é acertada. Porque não converter os pecados dos homens em perdão? Porque não converter dívidas, em milagres suspeitos, e não levantar uma grana junto a este mundaréu de gente que está sofrendo?
A idéia em si vale, pois os homens religiosos falam e falam o nome de Deus em vão, mas contam com um ponto positivo: acabam aliviando mesmo a dor de muitos que jogam toda sua fé na mesa do apanágio do milagre.
Tudo isso a gente aceita. Porque afinal de contas é melhor eles estarem lá pedindo dinheiro e milagres, do que assaltando ou sequestrando pelas ruas.
Mas o que dói na gente é a forma deles se sustentarem. Antes, o dízimo, era coisa meio camuflada, discreta e piedosa. Hoje, alardeam-se os bolsos dos pobres e dos ricos de uma forma acintosa e incomedida.
A gente toca neste assunto ingrato porque de religião não se deve discutir ou criticar. É ponto pacífico. Porque ninguém chega a conclusão nenhuma.
Mas existem métodos e métodos de sacar dinheiro do pobre. A TV Canção Nova é a mais acintosa possível. Ela, quase, durante 24h pede dinheiro prá uma coisa, ora prá outra. E está sempre pedindo.
Eles tem que pagar uma bolada prá Embratel e para os funcionários da igreja. Então, faz-se uma roda e começam a pedir a quem não tem. Por exemplo, se a cota do mês é de R$ 1 milhão, eles saem em campo, ou pela TV, pedindo,implorando de pedir.
E lá vai nosso pobre, que não tem dinheiro nem prá comprar pão, dar seu dízimo para sustentar a emissora no ar.
Cada dia eles tem que completar uma cota.É a prestação divina que não acaba nunca. E lá vão os homens e mulheres mandando dinheiro.
Para ter uma visão global de quanto vão receber, misturaram religião com o conto do débito automático,que é a maior fria que o cidadão pode entrar, porque prá sair dá a maior mão-de-obra do planeta.
Se não quiser mais, você tem que ir ao banco tentar desfazer - o que não vai conseguir, pois só com um adendo do beneficiário. E por ai vai. Você se inscreve, ganha prêmios e todo mês, eles vão na sua conta e tiram R$ 10 a R$ 15 reais, na certeza.
Homens que representam Deus neste planeta, virem-se trabalhando em nome do Senhor, mas não tirem dinheiro do pobre povo que não tem nem prá comer.
NÃ o cometam o pecado maior de deixar que os pobres o sustentem.
Assunto dos mais desagradáveis este! Mas está acontecendo. São piores do que políticos !