Em tempos de Jade, nada como planejar uma ida ao motel Faraós. E, claro, providenciar uma roupinha de odalisca (figurino é tudo nessa vida) e ensaiar uma coreografia para mexer os quadris. Não tanto, óbvio.
Foi isso que a Cynthia planejou para o dia dos namorados. Não que ela tivesse um, mas sendo uma mulher "ocupada e feliz" ela ligaria para o cara que talvez fosse o homem de sua vida, enfim, o cara que ela estava saindo de vez em quando.
Perfeito. O cara topou. Só que não no dia 12 de junho. É que ele estaria ocupado. Talvez estivesse feliz também, mas isso não importa. O que importava era o evento em si: um dia de Jade.
E lá foram eles ao tal motel. Pediram vinho (porque vinho é a bebida dos deuses, vamos deixar isso claro), ficaram alegrinhos, trocaram beijinhos, carinhos, beberam mais vinhos, ficaram ainda mais alegrinhos, trocaram beijinhos, carinhos, beberam mais vinho....
- Hmmm... espere aqui um pouco.
E eis que surge Cynthia. Maravilhosa. Bela. Perfeita. Não fosse o pequeno tropeço na saia que estava comprida demais, a entrada, quer dizer, a saída do banheiro teria sido um espetáculo a parte.
Começou a dança. Quadris pra cá, mãos pra lá. O cara foi ficando doidão, sentindo-se o próprio Zein (ah, pelamordedeus, entre tantos clones, fiquemos com o Zein).
E a Cynthia se balançando toda, fazendo de tudo para aquelas medalhinhas da cintura aguçarem ainda mais o instinto do menino.
- Venha, minha deusa, você tá me deixando louco...
A Cynthia nem escutou, estava embriagada pela música, afinal, aquela era a sua performance de Jade, ela era a dama da noite.
- Ó, Cynthia!
E a Cynthia dançando, enebriada pela música, nem deu bola pro mocinho. Ficou lá, dançando.