Ontem, pelas fortíssimas razões de um dia daqueles, quebrei a promessa de escrever uma crónica diária para você. Mas, o enrêdo, as palavras todas ficaram presas dentro de mim, tentando uma saída, querendo ganhar vida e chegar até o seu coração.
Você, eu bem, entende o motivo imperioso que me obrigou a ficar mudo, inspiração fechada para balanço, paralizada pela insólita surpresa negativa.
Confesso a você que balancei, perdi o meu costumeiro otimismo, tremi nas bases, como a turma atualmente gosta de dizer.
Depois, a pouco e pouco, fui recuperando a minha estabilidade interior(e nesta parte a sua presença é fundamental), fui colocando os pés no chão, fui enxergando as coisas na sua exata dimensão e nas suas próprias cores.
Peço, portanto, a você, perdão pela quebra da promessa. Nada de muito grave, apenas, ontem, realmente, não deu.