Durante uma viagem ao exterior, o Presidente em exercício quis saber como andavam as finanças, a economia, o déficit, a dívida externa, a cotação do Dólar, e até mesmo sua precária popularidade.
O Vice-Presidente respondeu sem ao menos pestanejar que as finanças iam bem, mas a economia ia muito mal, o déficit, a dívida e o Dólar aumentavam, enquanto sua popularidade despencava vertiginosamente.
O Presidente sentiu-se mal, seu corpo desfalecer, e enfim, sua popularidade cair. Recuperou o fólego em seguida, e bradou ao seu representante: "E o gato? Hein?".
"Que gato?". Queria saber o Vice-Presidente. "Não me lembro de nenhum gato?". Continuou o Vice. "A qual escàndalo você se refere?".
"Não dê nome aos bois...". Interpelou o Presidente. "Vamos esquecer tudo isso e voltar ao que interessa...".
"O que então, você quis dizer com o gato?".
"O gato subiu no telhado!. Lembrou?".
"Não...".
Vamos dizer que o Presidente da nação possuísse um gato e ao perguntar para seu Vice, sobre a sobrevivência desse gato, ouviu a resposta ríspida e seca: "Seu gato morreu.". Pois esta explicação é importante no final da piada...
Vamos imaginar que se o Presidente possuísse realmente esse gato, e sentisse um verdadeiro carinho e enorme devoção a esse gato. Vamos apenas supor que o Presidente possuísse esse gato, e que esse gato tenha realmente morrido. O Presidente, se realmente possuísse esse gato, ficaria muito triste em saber tal notícia, e talvez sofresse até mesmo algum choque pela perda do felino querido. O choque da perda do felino, daria lugar a uma necessidade em saber as circunstàncias dessa morte repentina e prematura. Vamos presumir que esse gato subira no telhado, e ao invés de descer, despencou vertiginosamente como a popularidade do Presidente.
Qual seria a maneira mais apropriada de dizer a esse Presidente, que seu gato morrera, se ele realmente possuísse esse gato? O que o Vice-Presidente deveria dizer, para aplacar os ànimos do representante geral da nação?
Seu gato subiu o telhado! Muito simples... Não? Mas está certo. Para evitar um choque repentino no semblante do representando geral da nação, eleito e re-eleito, era preciso uma dissimulação, que o preparasse para o fato realmente consumado. Lembrem-se, de que tudo isso vai ser de muito importància no final da piada.
Vamos sonhar mais além, e acreditar que o Presidente sofria de insónia por não ter certeza de ter feito a melhor escolha para a sucessão presidencial, e quisesse saber como iam as pesquisas eleitorais. Se depois de recuperar-se da morte de seu felino querido, e por um mero acaso, e como quem não quer nada, perguntasse como anda o futuro Presidente, que fora o escolhido para uma possível sucessão presidencial.
O Vice-Presidente, que há muito andava preocupado com as escolhas erróneas feitas pelo governo atual, a qual pertencia. Há muito vinha enfrentado a opinião pública, que fora irremediavelmente contra as medidas adotadas pelo governo, desde a saída emergencial à crise energética, à luta contra o mosquito da Dengue, ao aumento abusivo dos preços, e finalmente à escolha do sucessor presidencial. Sabia que uma escolha mal feita, levaria a oposição ao poder, e resignava-se ao fato de torcer contra o escolhido, mas a favor de algum candidato mais expressivo, que tivesse chances de levar a disputa ao segundo turno. Evitando assim, uma vitória esmagadora da oposição.
"O Presidente subiu no telhado... Pra buscar o gato que subira lá, em primeiro lugar...".