Com mãos milagrosas que agarram a bola direcionada ao gol, Marcos ganhou o apelido de "São Marcos", afinal foi ele quem salvou a
seleção brasileira nos momentos cruciais. O melhor exemplo foi no jogo da final quando finalmente provou, pelo menos ao povo
brasileiro, que é o melhor goleiro do mundo. O tão cobiçado e temido Oliver Kahn, que mascava chicletes e fazia uma cara desafiadora,
não teve o mesmo brilho que o nosso goleiro. Tudo bem que ele fez defesas maravilhosas no decorrer da Copa, mas na final contra o
Brasil, ele não pode fazer nada, ao menos lamentar em lágrimas o fracasso da derrota. Marcos deixou os goleiros Dida e Rogério Ceni,
ambos goleiros reservas da seleção, sentados no banco de reservas a Copa inteira. Impressionou atacantes adversários com suas defesas que mais pareciam impossíveis algum goleiro fazer. Para a
sua alegria, não enfrentou um desafio que mais temia: os pênaltis.
Católico fervoroso, Marcos segue alguns rituais nos jogos. Pouco antes da partida começar, o goleiro ficava alguns segundos
estático sobre a linha do gol fazendo uma série de orações. Quando o jogo terminava, ele se ajoelhava novamente, abria os braços e
agradecia a vitória a Deus, que lhe deu tranquilidade e confiança essenciais e importantes para ter condições de competir.
Atualmente, Marcos joga pelo Palmeiras onde demonstra esforço e dedicação no seu trabalho. A muralha verde e branca
aterroriza os jogadores e a torcida adversária e os faz morder os lábios de tanta raiva a cada defesa milagrosa. Quando seu time não
joga nada bem, muitas vezes é ele quem salva o jogo, para o delírio dos adversários que contentam-se com a derrota e para a alegria
dos jogadores e torcedores palmerenses.
A verdadeira muralha não é o temido goleiro Oliver Kahn e sim o goleiro que nos deu a alegria de vitórias e mais vitórias. O goleiro,
que com um passe de mágica, paralisou a bola muitas vezes em que seu objetivo, era acabar com o sorriso dos brasileiros. O goleiro, que
simples e humilde no seu modo de ser, mostrou ao povo brasileiro o que ninguém jamais conheceu: a confiança na capacidade de vencer e o espírito de vitória que só o nosso goleiro tem.