As nuvens escuras da ingratidão tisnaram o meu céu de anil, deixando a paisagem interior crestada pelo pixe da amargura e o desalento.
Mas, Jesus, nas diversas passagens bíblicas que são conhecidas de quase todos, já deixou claro que o homem é, por natureza, ingrato, desmemoriado quando se trata de reconhecer o bem que lhe foi feito.
Assim, por consolo, resta-me o exemplo do Mestre de Nazaré e as palavras de estímulo de Madre Tereza de Calcutá, mostrando-nos que, apesar da falta de reconhecimento, da ingratidão e de todas os outros desistímulos, nós devemos insistir no comportamento reto, direcionado para o bem.
Portanto, hoje é o meu dia de chorar em silêncio o pranto da solidão, a dor do isolamento. Mas, refletindo bem, nós estamos sozinhos...Do nosso lado, uns mais afetivos, outros mais arredios; uns educados e maneirosos, outros, desajeitados e confusos, porém, sempre ao nosso lado, existem os entes queridos, os amigos que, cada qual a seu modo procuram nos ajudar... e, se ainda assim, nos sentirmos desprestigiados e sofredores, lembremo-nos de que Deus está sempre do nosso lado, braços aberto e coração ansioso por recuperar a nossa tão fugidia fé.