É a hora do Ângelus...Nem é noite nem é dia. O crepúsculo se tinge de vermelho e o sol, visto da Ponte Metálica, parece mergulhar nas vagas que se encrespam ao arfar da brisa de agosto. Minhas preces buscam o amaparo da Nosso Medianeira, rogando a sua interferência para os meus desmerecidos apelos.
Sei dos limites da minha fraqueza, sempre prometendo redimir-me e, quase diariamente, incorrendo nas mesmíssimas faltas.
O sino da capelinha à beira mar convida os fiéis para a derradeira missa vespertina.
Uma doce saudade perpassa em minha mente, querendo a presença da minha mulher e do filho caçula que estão no outro hemisfério.
Imagino a CENA DA ANUNCIAÇÃO e penso no espírito desprendido de São José, padroeiro da família.
Ave Maria cheia de Graça... fiéis entoam cànticos e rezam a Ave Maria. Tenho certeza que Deus está escutando.
Hora do Ângelus, hora doce e serena. Estou em paz e é a paz que eu lhe desejo, caro leitor, do fundo do meu coração :AVE GRATIA PLENA.