Era um doente. Roía de inveja ao ver o trabalho realizado pelos outros. Imediatamente, fazia a crítica: é uma obra medíocre, o fulano, na verdade, não sabe escrever. Pior é que o seu faro crítico era uma metralhadora giratória a atingir toda manifestação artística, como se ele fosse um acholar, um douto, um PHD geral em ciências e artes do mundo.
Alguém, certo dia, mostrou-lhe algo que fluíra da minha imaginação assim como um diamante bruto, sem lapidação, sem ser burilado, mas, ainda assim, modéstia à s favas, trabalho a ser lido e relido por conter mensagem de alto nível.
Lendo, fez muxóxos e o comentário desqualificador veio logo em seguida:
- Este rapaz escreve péssimamente, aliás, não sabe escrever. Ninguém perca tempo, como eu perdi, lendo essa droga.
Quando me disseram, senti pena dele. Aliás, em geral(claro que existem as exceções) o crítico é alguém muito infeliz, que não ousa escrever, m as fica mastigando e ruminando aquilo que os outros escrevem, quase sempre procurando destruir. E, agora, vendo-o passar, imaginei-o como um punhado de rimas falsas...não passa de um demolidor, nunca constroi algo...rimas quebradas.