- Deixa eu sair! Deixa eu sair! - gritava desesperada a merda entupida
- Sai! Sai logo! - emitia bramidos o cú aflito
- Abre mais um pouco, por favor!... relaxa um pouco e depois me atira fora... Vamos! Abri logo!!!!! Faça um esforço... A merda não volta pro cú, não !!!
A esta altura, o cú, coitado... que sofria com sua hemorroída, sentia-se totalmente fraco e sem resistência. Não havia mais como "despachar" a merda do cú.
O seu quadro médico fatídigo, diagnosticado há poucos dias, relembrava-lhe palavras que o entristecia dolorasamente ao expor sua ficha médica: veias...enormes... rompidas!
- Sai pra lá! - suava e começava a sangrar o indignado - Voce está igual concreto!
- Não tenho culpa - chorava a merda comprimida tentando explicar- lhe suas razões - Veio com pão, feijão e farinha e de sobra um tempero e pimentinha...
- Pimenta? Pimenta não!... Nem pensar! Pode voltar!
Não se sabia qual dos destinos era o mais trágico. A merda precisa sair, o cú não conseguia expelir, e ainda havia o peido no meio da sófrega cena tentando espreitar-se por qualquer lado. Uma brecha apenas...
Qual nada! Estamos os três sem saída:
A merda quase do tamanho de um feto. O cú com suas varizes, veias estouradas no centro do ànus. O peido no meio esprimido, nem respirar podia, nem transpirar podia. Nem peidar conseguia.
Os três, não incluídos nos sonetos alegres de bem-estar, sem palavras entoadas em uma poesia e vistos como palavras de péssimo gosto, não ligavam para isso nesse momento e resolveram aliar-se.
Então o cú, o peido num impulso sobre-humano e fraterno espeliram a pobre da merda!!!
Aliviados e assistinho a merda espalhar-se por todos os lados, comentaram: "É verdade! A merda não volta para o cú!"