Fato consumado, senhor Djavan. Preciso que me beije a boca. Um beijo estalado, reformulado, ardente. Minha boca é bonita! E sei , muito bem, beijar. Beijo aquele que me ama ou o que esqueceu de amar. Não beijo qualquer boca. Desejo estar com desejo. Desejada? Ainda mais. Beijo doce, fiel, constante.
O estalar dos beijos... ànsia de enrolar línguas e cantar a espera dos dias em que enrolo meu corpo à pessoa beijada.
"Que louca, que louca!", diria Djavan. Estou doida, procurando um beijo na testa, aquele em que minha mãe vem calma e serena e deposita sua felicidade fazendo um biquinho que cola. Doida pelo rosto do pai (que não beija) só oferece a face, onde lambujo todos os beijos de filha.
Quero ser consumado pelo beijo do novo namorado que descobre a hora exata em que saio do trabalho e rouba minha boca, sem piedade. Estala, adormece, sente, fica.
Fato consumado. Beijo na barriga da amiga grávida. Um beijão no João que está para nascer. Ele responde com chutes e beijo mais e mais.
Beijos em travesseiros, da menina novinha que viu o rapazinho da escola beijar outra. Beijos de velhos no calção da praia. Beijo de estalinho na boca do melhor amigo que nem percebe que foi beijado. Ah, ainda sonho com o beijo roubado!
Beijo de (e em) Djavan, com gosto de Flor de Lis. Beijo e fico em paz.
Beijos sim!