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cronicas-->Um encontro casual -- 03/01/2003 - 02:27 (Manfredo Niterói) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Já haviam passado mais de 20 minutos que ela estava na frente do prédio de sua amiga esperando por seu namorado. Batia o pé ansiosamente quando ouviu uma voz rouca perguntar-lhe :

- Poderia dar-me uma informação?

- Oi? - disse ela, sem prestar nenhuma atenção.


- Para conhecer uma pessoa simpática, elegante e charmosa como você, o que devo fazer?

Era uma cantada.

Dessa vez não era como "Meu amigo quer te pegar", como havia ouvido uns dias atrás na saída de um show de Reggae. Era elegante, suave, como achava que deveriam ser as abordagens masculinas. Tentou encontrar algo para responder : "Bem... É... Uhnnn...".

Olhou o estranho nos olhos e pensou: "São belos olhos". Ouviu-se um "fom-fom", e ao olhar para o lado póde ver o carro de Gurgel. Olhou-o novamente nos olhos e sem dizer nada entrou no carro.

Gurgel havia encontrado Aninha num batizado de um primo distante, que fora em companhia de uma tia que somente fazia pedir-lhe "favores automobilísticos", como ele mesmo dizia. Perguntou-lhe:

- Conhece aquele cara que falava com você de onde?

- Porquê?


- Porquê o quê? Só perguntei de onde o conhecia. - retrucou.

Aninha não sabia o que dizer. O fato de ter sentido uma sensação estranha ao olhar nos olhos daquele transeunte lhe causava a impressão de ter feito alguma coisa errada. "De lugar nenhum", respondeu, ainda insegura que Gurgel tivesse notado que estava recebendo uma cantada. Gurgel fez um barulho qualquer como : "uhnnn" ou "Ahnn", e silenciou. Ficaram em silêncio por uns 20 minutos, até que Aninha desabafou:

- Nós nunca brigamos! - disse com uma raiva que espantou o namorado.

- E isso não é bom? - respondeu com uma pergunta.


- Não podemos continuar assim. Você tem de entender que um relacionamento passa também pelas brigas. Um relacionamento sem briga não pode ser considerado normal.

- Ué?

- "Ué", "Ué". Você sempre diz "Ué" nas horas mais impróprias! - disse Aninha, num tom de voz que indicava uma real indignação. - E tem mais, ou você se indispõe comigo ou vou contar o que acabaram de me contar sobre você na porta do prédio.


"Na porta do prédio", pensava ao volante Gurgel, achando aquela situação um tanto quanto inusitada. Estava fazendo tudo direito desde que começou a namorar a Aninha. E com que propósito iriam falar sobre sua vida com ela? Pediu satisfação de imediato.

- Diz logo, ora essa.

- Olha, Gurgel - falava Aninha com indignação - você me respeita, hein!!

- E desde quando pedir para que conte-me as falácias que dizem sobre mim é desrespeito?

- Desde que confirmei o ocorrido com aquele cara que falava comigo antes de você chegar. Cretino! - xingou-o com raiva. - Agora que já sei tudo, você vai ver só...
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