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cronicas-->Prisão do amor -- 12/01/2003 - 12:37 (Adriane) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De longe observo o infinito oceano e a nitidez do meu rosto que triste e desencorajado reflete-se na janela. A cada minuto que passa, lembro-me dos nossos lindos momentos juntos como se um filme passasse pela minha cabeça. Lembro de quando a gente passeava de mãos dadas naquela praçinha perto de minha casa e mais apaixonados do que nunca, trocávamos juras de amor. Era o meu primeiro amor. Não posso dizer que foi paixão, pois tudo o que vivemos foi muito especial. Lembro de uma noite que ficamos deitados no chão
contando todas as estrelas daquela noite enluarada. Seus brilhantes olhos cintilavam às luzes das estrelas. Você chegou a dizer que gostaria de ser o céu para ter-me como o seu luar.
Assim nunca nos perderíamos. Nunca. Aquilo tudo pareceu cena de filme romàntico, mas
infelizmente esse seu desejo não se realizou.
O nosso amor parecia estar escrito no nosso destino, mas se despediu de mim como se nada tivesse acontecido, como se nada tivéssemos vivenciado. Então o que significa aqueles longos beijos, aqueles infinitos abraços e aquela troca de olhar? O que significa nossos momentos juntos, nossos momentos de devoção? Quando eu estava com você, esquecia completamente do mundo, esquecia até mesmo que vivia. Eu viajava para o mundo
do amor onde todos os sonhos eram verdade e nós éramos os únicos vivos.
Agora o tempo é remorso e o abandono, consequência. A lembrança é um filme e o
amor, o fim. Se o gênio da làmpada mágica aparecesse desejaria voltar ao primeiro dia que
nos conhecemos e num passe de mágica exterminar este alguém que te fez me esquecer. Mas nada disso pode acontecer agora. Foi o destino.
Nada fará com que as lembranças se apaguem da minha memória e preencham o que
você foi para mim. Os vestígios estão trancados dentro do meu coração e a chave já não pode ser encontrada, pois você levou-a consigo para longe, para muito longe.
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