De longe observo o infinito oceano e a nitidez do meu rosto que triste e desencorajado reflete-se na janela. A cada minuto que passa, lembro-me dos nossos lindos momentos juntos como se um filme passasse pela minha cabeça. Lembro de quando a gente passeava de mãos dadas naquela praçinha perto de minha casa e mais apaixonados do que nunca, trocávamos juras de amor. Era o meu primeiro amor. Não posso dizer que foi paixão, pois tudo o que vivemos foi muito especial. Lembro de uma noite que ficamos deitados no chão
contando todas as estrelas daquela noite enluarada. Seus brilhantes olhos cintilavam à s luzes das estrelas. Você chegou a dizer que gostaria de ser o céu para ter-me como o seu luar.
Assim nunca nos perderíamos. Nunca. Aquilo tudo pareceu cena de filme romàntico, mas
infelizmente esse seu desejo não se realizou.
O nosso amor parecia estar escrito no nosso destino, mas se despediu de mim como se nada tivesse acontecido, como se nada tivéssemos vivenciado. Então o que significa aqueles longos beijos, aqueles infinitos abraços e aquela troca de olhar? O que significa nossos momentos juntos, nossos momentos de devoção? Quando eu estava com você, esquecia completamente do mundo, esquecia até mesmo que vivia. Eu viajava para o mundo
do amor onde todos os sonhos eram verdade e nós éramos os únicos vivos.
Agora o tempo é remorso e o abandono, consequência. A lembrança é um filme e o
amor, o fim. Se o gênio da làmpada mágica aparecesse desejaria voltar ao primeiro dia que
nos conhecemos e num passe de mágica exterminar este alguém que te fez me esquecer. Mas nada disso pode acontecer agora. Foi o destino.
Nada fará com que as lembranças se apaguem da minha memória e preencham o que
você foi para mim. Os vestígios estão trancados dentro do meu coração e a chave já não pode ser encontrada, pois você levou-a consigo para longe, para muito longe.