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cronicas-->Dias de Reis -- 21/01/2003 - 09:56 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De repente a tarde ceifou a manhã, e o salgueiro logo se acomodou no colo do leito do rio. Só as palmeiras vislumbravam a brisa fria, enquanto eu e meu irmão, ainda brincavamos de barco na terra, com as palhas que cairam de velhas.Eu puxava o meu barquinho, você puxava o seu...
A chuva caia bem mansinha, descia pela soleira do alpedre da casa, quando nossa mãe senhora chamava-nos.
Da janela assistiamos tudo... Os burrifos que embasavam a vidraça não impediam de vermos os meninos da redondeza corricarem em direção a cacimba. Era uma festa sem igual. Os nossos corações sentiam as vibrações e não havia quem nos segurasse.
No primeiro descuido de mamãe, lá íamos nós pelas encostas do açaizeiro, abacateiro até a cerca.
Depois era só pular e estavamos livres.Contanto que os apelos de mamãe não nos alcansassem.
Quando lá chegavamos, já estava Pedrinho,Higino, Júnior,Paulinho e Betinho, que sem exitar pulavam do alto do taperebazeiro, bem no centro daquela água cristalina. Era uma galhofada...Uma zorra.
Risos e gritos consubstanciados em alegria.
A felicidade tinha endereço e nós sabiamos tão bem, que jamais esqueciamos o caminho.
Não muito distante da li, na primeira curva que o riozinho fazia havia a casa da D. Chindó, que fazia enuzitados apelos pelas lavadeiras que reclamavam que a água ficava turva pra lavar os lençois, as peças de roupa.Mas as piruetas, as facetas, os saltos ornamentais, os vóos no cipó de um galho a outro,os mergulhos mirabolantes e os raios da lua cheia que firmava no horizonte, esgueirando-se por entre os galhos e folhas como a primeira luz do nosso lugar.Como a nos encaminhar a voltar pra casa, sob os pés de vento.
Já era jantar, o grilo dividia a voz com o sapo. E a nossa imaginação desenhava o que poderia acontecer, pela desobediência e teimosia.
A chuva ainda respingava e nós todos molhados, acocados sob os girais íamos seguindo, já, o nosso destino.
Aqueles dias deixaram saudades.
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