Não fazia muito tempo que Afonso havia sido assaltado e foi convidade por seu amigo António para esparecer, a vir conhecer a ilha dos Pilares, no interior do Pará. Pra ser mais exato, em Aimoré, um ramal de entrada antes de Salinas.
Assim Afonso se reanimou, com todo o gosto comprou a sua passagem no meio d mais ou menos trinta e sete pessoas, sob um calor de sufocar até carapnã. Em seguida foi ao Shoping Center e comprou calção, camisetas, um par de tênis e sandàlias. Intimou a sua namorada e juntos embarcaram na aventura.
No dia da viagem acordaram 5:30 da manhã, de malas prontas, executaram as suas atividades higiênicas, tomaram o seu café e seguiram para a parada, de linha urbana. Lá pegaram o ónibus, A. Lindas, já as 7:00 horas, mas ainda sorrridentes, seguiram na P.A.C.
Em todo o trajeto enfrentaram engarrafamento. quando avistaram o terminalrodoviário, o ónibus de linha intermunicipal já estava na alte. Barroso seguindo pra Br.
foi um corre corre.
-Com licença, com licença! dizia desesperado Afonso.
- Crêdo! Esse povo não tem educação, estão levando a minha perna! Reclamava uma senhora.
E Afonso e Nete, a sua namorada, tentavam desesperados descer.
-Motorista por favor, pare!
O Sr. motorista respondeu: - sinto muito mestre, mas a sua parada já passou e eu só paro na próxima, se não serei multado. Entende meu!
O motorista, um tipo bigodudo e mal cheiroso, de camisa aberta e um cabelo todo de espeta, com uma cara de mal.
Mesmo assim, Afonso respondeu:
-Lá em Macapá não é assim cheio de "borocracia"!
A risada foi geral, que até o motora, resolveu parar.
quando o Afonso descia meio que sem jeito, o povão repetiu:
_Eí "borocracia"! E mais risos.
Repeliu Afonso: - O "pobrema" é que o país está cheio de burros metidos a espertos, por isso que andam de ónibus! E mais risadas.
quando o pobre se preparou pra plantar uma "banana", Nete, a sua namorada, o puxou correndo pra pegar outro ónibus. O jeito mesmo, foi seguir pro outro lado da rua totalmente engarrafada.
já pelos cabelos de preocupações, pegaram um táxi, com bandeira dois pra tentar alcançar o ónibus.Quando no taximêtro marcava 40,00 reais, Afonso disse:- Pare aqui por favor!
Naquele local havia um ónibus intermunicipal estacionado e isso o alegrou.
Pagaram e desceram entre reclamações de desacordo com o que estavam pagando.Mas tudo é festa.
Quando iam entrando no ónibus o cobrador informou que aquele ónibus era das 8:00 e que o de 7:45 não havia passado.
-Que horror! Discursava Nete.
Mais uma vez desceram do carro. E meio que descrentes perguntaram para um senhor, que os informou: - O ónibus das 7:45 já passou por aqui.
Afonso e Nete ficaram numa tristeza, mas como, de vez em vez aparece um anjo. O senhoros reabordou:
- vocês querem táxi? Não fiquem tristes eu os levo até o seu ónibus. Pois ele passou por aqui a dez minutos!
Os dois entreolharam-se e aceitaram.
Ao chegar mais adiante encontraram finalmente o ónibus das 7:45, que estava concertando o pneu furado. A corrida custou cinco reais na bandeira um.
Como era as vésperas de natal, pela lentidão do ónibus.A noite, já havia gente se dando feliz ano novo, pra não perder o humor.Pois ali já estavam há três dias.
E o Sr. Afonso, por tudo o que passará ria de pelo menos ter chegado alí.
- Feliz Ano novo! Dizia a sua namorada, que ainda estava emburrada.
