Naquela época eu estava estudando, Ã noite, no Ginásio Municipal Expedicionário Aquino de Araújo, na Rua Manoel Rabelo, 593 Vila São Luiz. O Aquino, como sempre foi conhecido, tinha a simpatia dos alunos de outros colégios, inclusive. O time de futebol de salão era muito bom e seu ídolo, o Vilela, dava muito trabalho aos adversários nos torneios intercolegiais. O ensino tinha reconhecimento geral entre os professores, tanto da rede pública quanto da particular. A banda musical nas paradas de 25 de Agosto era das mais aplaudidas e mais afinadas.
Dois de meus melhores amigos e colegas de turma eram o Pedro e seu primo Sérgio.
Nessa ocasião, eu comprara a minha primeira bicicleta. Era uma Gulliver que só de longe lembrava a marca famosa. Estava no osso e enferrujada, que mais parecia um siri de duas rodas e desconjuntado. Não importava: era a minha bicicleta. No primeiro dia que eu fui ao Aquino com ela, dei o maior dos caprichos no cerimonial de limpeza e lubrificação, para que ficasse ao menos apresentável.
Descendo pela Rua Vileta, peguei a Duque de Caxias e fui embora. Na Avenida Itatiaia, um lotação dirigido por um espírito de porco, quase me derrubou. Mas a minha alegria era tanta que nem me incomodei, fui em frente.
No Ginásio, deixei a dita cuja no pátio interno, fazendo companhia a várias outras e fui assistir à s aulas.
A minha ansiedade pelo término das aulas para que voltasse a pedalar pelas ruas da Vila São Luiz, só não foi maior do que a minha perplexidade de não encontrá-la no pátio.
Haviam roubado a minha bicicleta logo na primeira viagem ao Ginásio Municipal Expedicionário Aquino de Araújo.