Bendigo este cansaço ao final do dia, porque o trabalho árduo deixou marcas indeléveis, produziu coisas úteis, propiciou alegria a alguns, decepção a outros.
A vida se equilibra nos contrastes do cotidiano.
Nós, os julgadores, buscamos obstinadamente a verdade, como se fora uma agulha perdida num palheiro gigantesco. A tortura dessa busca é tão intensa, que a mente fica enredada numa trama aprentemente intransponível. Mas, usando a inteligência, os caminhos que a lei oferece, a gente triunfa e consegue colhjer o fruto da verdade na inquietante árvore do contraditório.
E quando sai a sentença, que alívio. É a semente que lançamos no campo destinado a semeadura. Espero colher bons frutos. Espero ter desempenhado com exatidão e dedicação a atarefa enorme que me foi cometida.