Figura feminina, figura essa já bastante observada, estudada, mas nunca, ainda, de um todo, revelada.
Mulher temida, desejada, senhora de si. Mulher excluída, relegada, perdida em si.
Enfim, mulher amada.
Sempre foi foco dos olhos, da cobiça, do mistério intrigante da origem que lhe foi dada. Sempre foi auge, de repulsa ou de glória; nunca foi indiferenciada.
A mulher por tanto tempo foi tida como grande mal, um castigo, originária dos temores masculinos e tormentos humanos. E por que? Tudo por que é misteriosa? Por que é poderosa? Divina? Deusa?
Figura feminina; conjunto de mulheres, conjunto de deusas. Dentre elas, Afrodite. Deusa do amor, voltada para a sexualidade, intrigas, romances, beleza. Deusa doce, generosa. Deusa terrível, implacável, maldosa. Deusa encantadora, poderosa a todo o momento. Deusa humana, deusa sem tempo.
Não há quem não tenha Afrodite em si, a deusa do sonho de amar.
Deusa a surgir das espumas e se eternizar. Ultrapassou milhares de anos e chegou a era contemporànea sendo simplesmente deusa. Sim, deusa do desejo, da promessa, da carne.
Deusa Afrodite e deusas; saíram do Olímpio e pararam, talvez, em Hollywood e no mundo. São a Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Greta Garbo fazendo performances mais avançadas.
Criação encantadora. Criação grandiosa. Para que macerar, dilapidar, arruinar, na ànsia de a vencer, modificar?
Tinha de ser assim!...
Eternizar.
Deuses e deusas; tão distantes e tão próximos. Tão divinos e tão humanos. São os deuses e mitos que ainda hoje se perpetuam nos humanos, seres errantes, pecadores, subjetivos, e acima de tudo deuses em vida!