Quem dera ser uma louca,
perdida na multidão...
Não precisar tomar decisão...
À de ri no elevador,
por ser alguém,
e muito além,
das três pessoas.
Não ser intima de nenhuma...
Colocar à s mãos no bolço,
baixar a cabeça,
hum, será que vai chover?
Sem jeito o sujeito responde,
talvez!
Ou olhar para os sapatos,
do passageiro ao lado...
Sem saber o que dizer...
Finalmente ele parou.
Ser guiada por controle!
Quem dera ser desvairada...
E ao leu:
gritar bem alto,
desmentindo os descarados.
Quem dera ser além de mim,
uma grande tola...
Apoiar quem não precisa...
Fingir que não vejo nada.
Prometer comida à todos,
só para o ano que vem...
E quando chegar o vindouro,
trans-vestir o personagem,
às moedas e a roupagem...
Desmascarar toda esta sacanagem.
Acolheria o insano!
Preciso comprar um louco,
prá fazer-me companhia...
Um demente,
um tenente e um dentista,
uma puta, um cantor e um doutor...
Vou comprar um pinico.
Andar com à s calças rasgadas,
carregando comigo um escorpião.
Porque ninguém,
tem nada haver com isso.
Entre os seres,
dá um peido mau cheiroso,
E poder dizer, fui eu!
Quem dera ser tão louca,
aponto de espalhar o terror...
Provocar uma guerra,
tomar dos outros,
o que os demais construíram...
Matar um chefe de estado,
não ir presa, nem pagar nada.
Correr nua na rua...
No calor, ou chuva.
Quem dera poder envelhecer,
sem ninguém se incomodar,
Ah! Se eu pudesse,
continuar jovem sem precisar,
colocar os cilicone...
Na bunda ou nos seios...
Quem dera.
Poder ser sincera,
não precisar mentir...
Pois sei que isso,
jamais irei fazer.
No entanto,
tende ser outra pessoa,
alguém a quem não conheço...
Não gosto e não tolero,
não quero e não preciso.
Numa caixa transparente,
criar excremento de inseto,
de todas à espécie...
Fazer uma seleção.
O grande chefe quer sangue!
E quer guerra...
Quer matar e não quer morrer.
Esta gente miserável,
de nada querem saber...
Só querem comprar carnê...
E moveis na marabraz.