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cronicas-->UMA ARTE MILENAR -- 19/08/2000 - 21:50 (Carmen G.Scherer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A voluptuosa e sensual dança do ventre tem sido a coqueluche nas academias da Santinha e nas chamadas especiais para cursos de expressão corporal. Por que essa febre de uma cultura oriental , que há mais de 2000 anos atrás chegou a tirar a cabeça de um homem? ( Difícil esquecer Salomé e sua dança dos sete véus.) E ainda, se originariamente era privilégio das mulheres, por que agora até os homens estão querendo participar?
Verdade. Essa polêmica surgiu recentemente durante a realização de conhecido e tradicional Festival de Danças, quando um especialista (homem) em dança do ventre, ganhou o concurso na modalidade "dança folclórica". No entanto, após grande confusão, foi desclassificado com o seguinte argumento: segundo tradição árabe, a dança do ventre é um ritual ligado à fertilidade feminina, e não pode ser executada pelo sexo masculino.
Quanto à tradição que foi quebrada, tudo bem. Mas no que se refere à proibição de uma manifestação artística, nada a ver. Já está ultrapassado o tempo em que se determinava como regra fixa , isto é coisa de homem, isto é coisa de mulher. Como dança é uma arte , não existem fronteiras , nem limitações de sexo, raça ,idade , nacionalidade ou credo para o seu acesso. Sem arbitrariedade.
Se considerarmos a conotação de erotismo e sensualidade que a dança do ventre possui, com certeza a aceitação e o envolvimento de quem assiste ou aprecia serão totalmente diferentes. O fator intenção conta muito também. Para a mulher, a dança do ventre, além de modelar seu corpo, realça sua sensualidade, ensina-a a saber seduzir e a se sentir desejada. O ondular dos quadris femininos endoidece os homens em qualquer época ou em qualquer lugar. Já os homens, ( sem muita convicção ao afirmar) fazem uso do corpo, em sua dança pélvica , para demonstrar sua força e virilidade .
Nos anos 60, o roqueiro Elvis (the Pelvis) vigoroso e sensual , rebolou e movimentou o corpo inusitadamente, encantando e levando ao delírio histérico milhares de pessoas, mulheres e fanzocas adolescentes. Remanescente do grupo "Secos e Molhados", e em recente apresentação no Ibirapuera, o cantor Ney Matogrosso, tem sido atração com IBOPE assegurado ao executar mil evoluções do corpo, com trejeitos e evoluções incontidas , em uma dança, que não sendo propriamente do ventre, é quase uma avant-première .
Mas tudo isso são apenas comentários. Nessa arte milenar, resta saber quem sairá ganhando ( ou perdendo).Com certeza, quem dança, ganhará sempre. Dependendo do espectador, ou perde a cabeça, ou vira a cabeça ,ou ainda, perde a razão(enlouquecendo de vez). Agora , se ficar indiferente, somente Freud poderá explicar.
carmen@gaz.com.br
PUBLICADO NO DIA 19 DE AGOSTO DE 2000
GAZETA DO SUL- MAGAZINE


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