A sogra é a maior vítima dos humoristas. Depois dela, vêm os amigos, a mãe, uma irmã, o papagaio, o padre, o português...
Davi Cunha, que se tornou conhecido por ESPANTA, contava que o amigo Bira chegou certo dia em determinado cabaré de Mossoró.
— Leila, eu quero uma “gata”, a gata mais gata...
— A Margareth, chegou ontem do Crato — disse a madama.
— Quanto é o serviço?
Margareth olhando para o chão.
— É cinquenta.
— Tem um problema: eu bato.
— Vou não. Nunca apanhei nem de meu pai. A Helena vai!
— Pois chame Helena...
— Quanto é o serviço?
— Cinquenta.
— Mas eu bato.
— Para levar porrada, só vou por quinhentos.
— Vai? Entre aqui no carro.
— Então pague adiantado.
Helena entrou no carro do Bira. E lá pelas tantas da madrugada chega de volta, com os dentes moles, o nariz quebrado e um olho roxo...
Acudiu-lhe Margareth.
— Helena, mulher um dinheiro desse não vale a pena não! Ele bate muito não é?
— Bate, mulher! Ele bate até a gente devolver o dinheiro...
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