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Cordel-->Terê das Bêra Mar se apresentano... -- 25/04/2007 - 08:32 (Tere Penhabe) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Terê das Bêra Mar
se apresentano
(pro capitão Gortara e demais figurões desse quartel...eheheh)

Meu cumpadinho querido
gradeço a vossa chamança
a Bêra Mar anda zonza
co a sua própria lambança
nadano eu num tô não
que se tava deisdi antão
tava chegano na Ispanha.

A lida aqui é currida
difici de laboriá
levanto de madrugada
mordi podê mai prosiá
sorto a minha sonetada
que sai só ou im revoada
e vão lá pro mundo andá.

Mai é calúnia do povo
essa prosa do buteco
ela se deu foi di tardi
sem nenhum salamaleco
e de fato uma barraca
quase que caiu sentada
causo do meu reco-reco.

Ara meu nosso sinhô
que o sior tá bem informado
mai juro por quarqué santo
num bibi nem uma golada
a madame arquiteta
foi que encheu a caneca
e tirô foto mamada.

Pra falá bem a verdade
vontadi num mi fartô
mai eu gostio é de cerveja
aí o trem cumpricô
que lá naquele vespero
num fizero nem um banhero
sior já pensô, imaginô?

Rearmente cumpadinho
tenho um quartel generar
mai Caducha ainda não
o sior tá falano de quar?
pois caducha nóis num fica
que nóis distila as quisila
sentada à bêra do mar.

Cumpadi num bote a mão
em fogo que queima fundo
dizê que terê num bebe
é queimá vivo o difunto
nóis gosta duma cerveja
mai assim no ora veja
sem chegá a inundá o mundo.

E eu tenho que bebê
a mando lá dos dotor
que eis dissero pra mim
beba memo cum louvor
pricisa de muito líquidio
pramordi fazê o serviço
tome todas com amor.

Eu aqui num tenho curpa
eis num falaro de quar
bebê água eu num mereço
e se acaso intindi mar
eis hai de cumpreendê
que só bem vai me fazê
a cervejinha intornar.

Mai gradeço o tar repúdio
sem sabê nem o que é
imagino que é pur mim
homi defende muié
e pur debaxo dos pano
vamu aqui já cumbinano
nessa turma vem quem qué.

Mai cuntinuano a prosa
a respeito da mia lida
dipoi de tudo dispacho
que é feito im hora currida
o patacão já avisa
que a bêra mar já pricisa
caminhá, sua otra lida.

Que sinão o bicho pára
esse coração molenga
que andô isfarrapado
cheio de prosa e pendenga
botaro nele argolinha
que era até bem bunitinha
mai cheia das lenga-lenga.

É um sacrifício medonho
tudo dia, o meis intero
terê nesse anda anda
mai que égua de padero
e a sodadi faiz morada
chora nos verso a coitada
dos amigo usinero.

Que nesse recanto bão
incostei minha carcaça
que andava disconsolada
inté triste e cansada
vanceis foro o meu alento
nunca farei pagamento
da aligria aqui incontrada.

Já agora ao fim da prosa
mi confesso mocionada
a gente num si conhece
nunca si viu e nem nada
mai sinto que teu coração
guardou aí meu quinhão
e no meu ce tem morada.

Numa roda de pueta
dos cordelero e choroso
enquanto que uns faiz ri
os otro chora gostoso
e viva a nossa puesia
junto à minha maresia
a vida vira um colosso!

Deixo aqui um pedacinho
de coração istropiado
mais é feito com carinho
aos meus amigo letrado
que fazem a minha vida
parecê uma margarida
num jardim dos mais froriado.

Inté a vorta da lua cumpadi, quarqué coisa... grita eu! rs
Tere Penhabe
www.amoremversoeprosa.com
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