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Poesias-->O GUARDIÃO DO TEMPO -- 08/12/2004 - 14:02 (débora cristina denadai) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Brasília, 23/04/2004



O relógio é , a um tempo,

meu consolo e meu desespero.

A cada vez que atento,

vejo nos seus ponteiros

que ele é, além do mais,

o guardião do tempo.

E, a exemplo do seu mestre,

funcionário aplicado,

guardião inflexível,

juiz inexorável,

do alto dos seus ponteiros,

determina, inabalável,

que passe o tempo,

acabem as horas,

e que sigamos vida afora,

marionetes impotentes,

observadores apenas.

O tempo segue

levando consigo tudo:

passam com ele as horas,

os minutos, os segundos,

as horas infindáveis,

modorrentas, intermináveis,

mas com muito mais eficiência,

nos leva as melhores, as memoráveis.

Ele passa e com ele os amores

que um dia ousamos amar

na ingênua certeza

que jamais iriam passar.

O ponteiro se mexeu.

Outro momento se foi, morreu.

Junto com ele, um pedaço

do que fui, que agora não é mais eu.

Passam as coisas, as pessoas,

você, eu...

O relógio é o nosso algoz.

Tira-nos o tempo

que tentamos reter no vão dos dedos.

Tira-nos a vida que queremos eternizar

e, aos poucos,

tira-nos também a voz.







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