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Poesias-->VENTANIA -- 09/12/2004 - 16:35 (Morgana Meirelles) |
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VENTANIA
Na canção do vento
Te ofereço a face esculpida
Em pedra polida
De tantas esperanças dormidas,
No suave embalo desta melodia
Na canção do vento
Te revejo em desejos e gemidos,
Sem o ranço amargo do tempo
A azedar o que antes era doce frêmito
Hoje é apenas triste lamento
De um poema sem rima e sem alento
Na canção do vento
Te cultivo no eco do teu riso cristalino,
Que canta minha saudade como hino,
E tritura meus sonhos como um moinho
Que o vento espalha pelo caminho
Na canção do vento
Te eternizo nos ritmos da poesia,
Que não reflete nem a sombra da minha agonia,
Posto que amar em demasia
É transformar a brisa em ventania.
MORGANA
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