TOLERÂNCIA
No sol pálido que me beija a face
Afago os derradeiros raios
Que se despedem da tarde,
Num bailado sem cor e sem alarde,
Abraçando o dia que parte
Carregando o fardo da súbita aliança
Entre a noite e a esperança,
Faço da ilusão uma trilha errante
Qual o beijo de um amante,
Que não passa de um eterno viajante
Estranha sinfonia
Sem qualquer poesia,
Marcada em passos de dança
A espiar a lua mansa:
Que indiferente e soberana
Fecha os olhos e descansa,
Fatigada e tolerante,
Testemunha à distância
De mais um amor itinerante.
MORGANA
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