INDIFERENÇA
Eu te devolvo
Tuas promessas vazias,
Tuas dúvidas antigas,
Tuas ausências feitas de brisa,
Teu silencio sem cor,
Tua falta de amor
Não me peças para recordar
Momentos antigos,
Que não passam de fotografias
Em velhos álbuns esquecidos,
De um tempo sem sentido
Que o amor é mais que lembrança
Esmaecida
É antes esperança renascida
No carinho de toda uma vida
De dores e conquistas
Compartilhadas e divididas
Não me peças perdão,
Já não há mais razão,
A emoção acabou, não sinto mais dor,
A mágoa escorreu, a lágrima secou,
O amor terminou no silencio das horas,
Em total solidão, morreu de exaustão,
Eu te devolvo
Tua liberdade fugaz,
Tua bendita paz,
Tua companhia exclusiva,
Tua consciência vazia,
Eu te devolvo
A dor de tanta ausência,
Imposta sem licença
No chão da minha crença,
Morta na consciência
Da tua sutil indiferença.
MORGANA
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