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Artigos-->O Servidor Público Machado de Assis -- 24/07/2002 - 13:39 (José Ricardo da Hora Vidal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Machado de Assis tornou-se célebre como o maior escritor brasileiro, além de dirigir a Academia Brasileira de Letras. Porém, foi no serviço público que ele garantia o sustento da família e o sossego para escrever.



Durante 40 anos, Joaquim Maria Machado de Assis trabalhou no serviço público brasileiro. Começando com aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, chegou a Diretor de Comércio do Ministério de Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Paralelo a sua ascenção profissional, Machado de Assis foi amadurecendo como escritor.



Sua primeira experiência profissional foi como aprendiz da então Tipografia Nacional, aos 17 anos, entre 1856 e 1858. Mulato vindo da periferia da capital do Império (Rio de Janeiro), Machado de Assis mostrou a sua competência, passando a revisor em menos de um ano de trabalho. Neste périodo ele começa a colaborar na imprensa, com poemas, críticas e crônicas.



Machado de Assis voltou a Imprensa Nacional como ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial em 8 de abril de 1867. Neste mesmo ano, foi condecorado como cavalheiro da Ordem da Rosa, uma das mais importantes do império brasileiro. Nesta época, já tinha lançado a maioria de suas peças de teatro e o seu primeiro livro de poemas “Crisálidas”.



Em 1873, foi nomeado amanuense (escrevente) do então Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, desligando-se do Diário Oficial. Em 31 de dezembro do mesmo ano é nomeado por decreto primeiro oficial, com 333 mil reis mensais, considerado um salário razoável na época.



Quando publicou em 1881 “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, um dos mais revolucionários romances e marco do Realismo na letras brasileiras, era Oficial do Gabinete do Ministério, sendo titular Pedro Luís Pereira de Souza, velho amigo seu.



Porém, em 1889, Machado de Assis chegou ao seu mais alto cargo dentro de serviço público: diretor de Comércio do Ministério. Condecorado oficial da Ordem da Rosa no ano anterior, sua nomeação como chefe de seção lhe garantiu a estabilidade econômica e mais tempo para escrever.



Nomeado diretor-geral de Viação em 1892 e posteriormente Diretor de Contabilidade, sua carreira como servidor público e como escritor só conheceu ascensão e elogios de seus superiores. Dom Casmurro e Quincas Borbas, seus melhores romances segundo a crítica, datam desta época. Seu prestígio intelectual garantiu sua eleição como presidente da recém fundada Academia Brasileira de Letras, entidade cultural que contou dentre seus membros ex-ministros, ex-deputados, diplomatas e nobres brasileiros como o Barão de Rio Branco, Rui Barbosa e Joaquim Nabuco.



Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908, quatro meses após ter pedido licença para tratamento de saúde. Em sua certidão de óbito, consta como sua profissão: funcionário público.
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