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Cartas-->Pão e Manteiga -- 07/04/2003 - 21:40 (Lukacs) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pão e Manteiga

Quando já havia feito o pedido, você chega.
E logo não existe mais som neste lugar, que não venha da tua boca.
São nos seus olhos que este lugar parece infinito, até tuas palavras voltarem a fazer sentido.
Neste momento, é você que não existe mais, não faz parte da conversa dos homens do lado, nem preocupa o copeiro na sua rotina.
Com tantos anos da minha vida, não aprendi a viver ou a entender o que acontece com estas palavras, como elas têm o poder de me desligar, ou de me concentrar em pensamentos diletantes.
Como elas acionam tanta indiferença de forma instantânea.
Aí percebo que já estou servido: por este cheiro de manteiga derretida no pão. Simples, tão simples...
Para que tanta indiferença, bastava continuar olhar teus olhos e ver toda a verdade do meu mundo. Porém, não consigo deixar de lembrar da sonolência dos meus instintos, como uma reação ao que me faz mal, como uma fuga deste lugar comum, para este mesmo lugar comum quando você não está:
Pediria aos homens do lado, uma parte do jornal, comentaria com o copeiro sobre o tempo, apreciaria o meu café com leite quente de forma simples.
Mas agora, nem o cheiro da manteiga derretida sobre o pão quente eu sinto, talvez qualquer sentimento ao seu lado já foi por muito tempo proibido.
Então, desvio o olhar e respondo a estas palavras sem gosto, sem cheiro, sem sentido, apenas porque te conheci um dia e depois daí, nada na vida foi simples.

Lukacs.
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