LASCÍVIA
Suas longas pernas, belas, seminuas,
são quase rosas... como são bonitas!
Maravilhosas, como têm magia
que me transporta às sendas infinitas.
Intransigentemente a cada sonho
me flagro entre estas pernas compulsivas
beijando compulsivo as entrepernas
umedecendo os pelos de saliva
e as mãos não soltam, prendem sempre as pernas,
enquanto os lábios, num rumor profundo,
a língua estendem degustando as margens
e libertina desce e volta ao fundo.
Revivo o sonho, a cada sonho infindo,
com mais sofreguidão a cada dia,
porque meu sonho sem lascívia é triste
e sem lascívia e sonho a alma é vazia.
Agora eu quero muito mais que um sonho,
ébrios desejos de beijar-lhe as pernas,
quero as delícias de sua vulva, infrene,
quero você de quatro, subalterna
em frêmitos de gozos, de sussurros,
de costas, as mãos tensas sobre a cama,
as pernas bem coladas às minhas pernas,
o corpo em convulsões e o ventre em chamas.
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