VITÓRIA
Te procurei no vento da ilha
Nas ondas crespas do mar,
Tentei seguir tua trilha
No brilho azul do luar
Te cultivei em esperas sem fim
Em vestidos de cetim, em calças de brim,
Nos copos de gim de qualquer botequim,
Te amando em leitos solteiros de mim
Te esperei nas sombras
Do teu silêncio antigo,
Envolta na ânsia que assombra
E alimenta o vazio que me afronta
Em fugas e desculpas sem conta
Te aceitei, enfim, deserto de mim,
Não te quero em restos de ti,
Dividida entre o desprezo e a glória
Te risquei da memória,
E escrevi minha história
Com a alma exalando vitória.
MORGANA
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