TRAIÇÃO
Quero trair sem reservas
Me entregar sem pressa, sem promessa,
Na lassidão dos amores sem solução,
Com devassidão, sem razão,
Quero trair por convicção
Por séculos de submissão,
Por rebeldia, sem covardia,
Quero ser devassa por um dia,
Para açoitar tua tirania
Quero trair sem histeria
Sentir pulsar tua agonia,
Em cada nova companhia,
Quando me farei ao sabor e gosto
Da tua ávida freguesia
Quero trair sem emoção
Entrar na roda viva da paixão,
Que justifica todo esse tesão
Como simples traição,
Sem explicação e sem perdão.
MORGANA
Rio de Janeiro, 18/09/04.
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