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Artigos-->CIRANDO RIMA COM FERNANDO -- 25/07/2002 - 03:17 (Amaso Nib Nedal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ciro Gomes começa a virar plano B para dissidentes da candidatura de Serra

Por Letícia Figueiredo e Rose Ane Silveira, repórteres iG em Brasília



Futura Press



Candidato do PPS de braços abertos a dissidentes tucanos

BRASÍLIA - O crescimento do candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, nas últimas pesquisas eleitorais começa a dar força para uma corrente política que acredita que Ciro é a segunda opção do governo, o chamado plano B.



Este crescimento já atrai alguns governistas, inclusive tucanos que até o momento apoiaram o candidato do partido, José Serra. Em Brasília, crescem a cada dia os boatos de que Ciro possa ser realmente a segunda opção.



De acordo com uma fonte tucana, envolvida na elaboração do programa de governo de José Serra, esta possibilidade preocupa os aliados que ainda são fiéis. Para esse parlamentar, um sinal de que Ciro pode ser o plano B do Governo é o fato de que até o momento não foi usada a máquina do Governo para desacreditar Ciro Gomes.



Este tucano deu como exemplo o Ministério da Justiça. Ele explica que a Polícia Federal investigou o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, nos últimos dois anos e também foi a responsável pela divulgação das investigações do Caso Lunus, que tirou a ex-governadora Roseana Sarney (PFL-MA) da disputa eleitoral.



No caso do candidato do PSB, Anthony Garotinho, o tucano diz que a máquina do governo usada foi a Receita Federal, que levantou denúncias de sonegação contra o ex-governador do Rio de Janeiro. Entretanto, ressalta o tucano, nenhuma denúncia foi levantada até agora diretamente contra Ciro Gomes.



Muitos aliados não querem demonstrar preocupação e alegam que as pesquisas de intenções de votos são uma "fotografia do momento" e, por isso, não possuem credibilidade para levar aliados a desistirem de Serra ainda no primeiro turno.



Para o líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA), a possibilidade de existência de um plano B chega a ser "ofensiva". Apesar disso, Geddel reuniu-se com o presidente Fernando Henrique Cardoso para pedir que ele apoiasse mais intensamente a candidatura de Serra.



Segundo o líder peemedebista, é preciso que FHC "saia para as ruas junto com Serra". Ainda sobre a possibilidade de uma debandada dos governistas da campanha de Serra para a de Ciro, Geddel diz que essa hipótese "não existe".



"Acredito que o Ciro cresça mais ainda, mas isso é momentâneo, e não vai atrair os aliados de Serra. Este crescimento nas pesquisas é por causa das exposições dele na TV. Se o meu partido fosse se basear em pesquisas, estaria apoiando o Lula desde o início".



Apesar de afirmar não estar preocupado com o resultado das últimas pesquisas e dizer que somente o resultado das urnas será relevante, José Serra marcou uma reunião, nesta semana, com 17 governadores e dezenas de prefeitos aliados, para demonstrar que tem força e que vai virar o jogo. O principal objetivo desta reunião, no entanto, é impedir uma debandada para a campanha de Ciro.



No "retrato" mais recente, Ciro Gomes ultrapassou Serra, ficando isolado no 2º lugar. De acordo com a pesquisa Ibope, o candidato do PPS cresceu quatro pontos percentuais e está com 22% das intenções de votos.



Serra caiu de 17% para 15%. A pesquisa Vox Populi confirma os números do Ibope. Ciro Gomes subiu de 17% para 24% e Serra se manteve com 16%.



O coordenador da campanha do candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, também descarta a hipótese de um plano B por parte dos governistas, mas admite que não tinha dúvidas que a campanha "seria dura e disputada".



Pimenta ataca dizendo que "quem acha que vai ganhar de véspera terá grande surpresa". A frase, segundo o coordenador de campanha, é um alerta para quem não acredita no sucesso da candidatura de Serra. Já o vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR), confirma estar preocupado com o desempenho do candidato tucano.



"O Serra precisa colocar a campanha nas ruas", diz Jucá. Sobre a questão dos apoios, o vice-líder disse ser uma decisão de cada político. "Isso é definido nos palanques regionais e as manobras são individuais e não coletivas".



O ex-senador Antônio Carlos Magalhães, indagado sobre a possibilidade de existência do plano B, disse que o apoio ao candidato do PPS aumentará "independentemente do governo". "Se ele está crescendo é normal que uma parte, tanto do PFL como do PSDB, vá para ele".



ACM, que em princípio apoiava a candidatura tucana se fosse encabeçada pelo ex-governador do Ceará Tasso Jereissati, mostrou-se o mais aguerrido dos adversários da candidatura Serra.



É justamente Tasso Jereissati a maior preocupação hoje dentro do PSDB. O ex-governador e atual candidato tucano ao Senado pelo Ceará não esconde que está desobedecendo as orientações do partido e faz campanha a favor de Ciro Gomes. E foi justamente com o objetivo de costurar um apoio mais amplo para Ciro, que ACM e Tasso se encontraram na última semana.



Roberto Freire (PE), presidente do PPS e um dos coordenadores da campanha de Ciro Gomes, ainda reluta em receber o apoio dos governistas, principalmente de integrantes do PFL, mas acredita que em algum momento os aliados do Governo irão debandar para o seu candidato ainda antes do segundo turno.



"Agora não, mas quando estiver mais claro que o Ciro vai ganhar as eleições, isso vai acontecer". Freire destaca que o partido não tira conclusões precipitadas, já que a campanha está no início. "De qualquer forma, o crescimento de Ciro demonstra que ele está mais bem preparado e está sendo bem visto", ressalta.



O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB), que apóia a candidatura de José Serra, tirou o corpo fora, tentando evitar confirmar ou não a existência do chamado plano B. "Não sei, não quero emitir opinião sobre isso." Sobre uma possível debandada dos governistas para a campanha de Ciro, Tebet afirmou que não pode "prever o futuro".



Já o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), ex-vice-líder do governo no Congresso, descartou totalmente o chamado plano B, bem como um abandono da candidatura Serra.



Hauly comparou a candidatura do candidato da Frente Trabalhista com a de Roseana Sarney, quando ela ainda estava no páreo, e disse que Ciro não vai se sustentar. "Não vejo nenhuma possibilidade de isso ocorrer. É como a candidatura de Roseana que teve uma onda, agora é a vez dele. Mas o Serra vai para o 2º turno e vai ganhar".



Enquanto o plano B não entra em cena, a máquina do governo procura mostrar serviço e, com isso, tenta decolar a candidatura tucana. A decisão do Conselho de Política Monetária (Copom), na última quarta-feira (19), de reduzir a taxa de juros anual de 18,5% para 18%, foi até elogiada pelos adversários. Entretanto, segundo eles, a atitude da equipe econômica visa beneficiar a campanha do PSDB.









Futura Press



Serra tenta manter Aécio em sua campanha e evitar debandada de tucanos

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