Amigo leitor, sabemos que a situação não está nada boa. Numa demons-tração de que esta coluna também pode ser de utilidade pública, vamos dar algumas sugestões práticas de como conseguir tirar o pé do atoleiro. Já experimentei todas as alternativas aqui apresentadas. Nenhuma deu certo, continuo pobre e endividado, mas talvez você tenha melhor sorte, não é mesmo?
A primeira sugestão é posar para uma revista de nu masculino. Dizem que dá uma nota preta e você poderá ficar famoso e muito requisitado para se apresentar em festinhas gays. Exige-se pouca coisa. Claro, você terá de dar adeus à quela charmosa barriguinha. Melhor se você for do tipo peludão, desde que os pelos não escondam alguma parte importante de sua anatomia, essencial para o deleite dos fanáticos leitores. Ou, quem sabe, seja melhor que fique escondida.
Outra opção é escrever um livro. Não qualquer livro, é evidente. O assun-to deverá ser atraente e explosivo. Você pode, por exemplo, narrar como conseguiu paquerar a mulher do Bin Laden e escapar vivo.Sucesso garan-tido. Ou quem sabe algum editor se interesse por aquele seu caso com a cunhada...
Se não tiver queda para a literatura, poderá criar uma nova seita religiosa, em que seja aclamado como o procurador do Todo Poderoso, com direito a efetuar pequenos e grandes milagres a um precinho módico. Já me dis-seram que isso dá certo.
Se tiver jeito para misturar ingredientes, poderá inventar um tónico que emagreça as pessoas instantaneamente (dois ou três quilos por dose), com sabor de uísque com soda para homens e de amarula para as damas. Cer-tamente vai ter clientela para muitos anos.
Outra opção, apenas se você for jovem e bem apessoado: casar com uma mulher rica, bonita e charmosa. As duas últimas qualidades acrescentei apenas por gosto pessoal, mas você pode deixá-las de fora. Garanto que vai ficar muito mais fácil. Se tudo isso não tiver dado certo, vou ensinar uma simpatia que não falha: procure dois trevos de quatro folhas, amas-se-os com xixi de égua nova, acrescente quatro ovos de codorna...
