Dentro dessa grande prisão
Me encarcero inultilmente.
Observando as pessoas...
São como mortos-vivos,
Andam e falam como zumbis,
Sinto medo de morrer também...
O frio começa a percorre minha dorsal
A cada passo,
A impressão é de estar num mausoléu,
Tão frio fúnebre
Como o universo do mortos.
Continuo observando
E não gosto do que vejo
A única felicidade
É sentir que ainda
Estou viva,
Não sou peça desse universo...
As mesmas coisas,
As mesmas pessoas,
Olhei-as nas faces
E não vi traços,
Nem cútis,
Apenas teias do tempo que parou
Tudo sempre igual,
Nada mudou,
Nem a própria mudança
E só que me restou
Foi me aprisionar nas grades da liberdade!
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