SUBTRAÍDOS
No espelho da tua covardia
Ví minha face refletida e fria,
A congelar a lágrima antiga
Que não dispersa nem denuncia,
A ternura que se abriga
Ao som da nossa cantiga
Submersa nos porões da alma
Emoção menina,
Menarca da paixão,
Que marca o som do coração
Na seda insepulta da emoção,
Imortalizada em verso e canção,
No gris da lembrança
Que desenha a saudade ferida,
Em corcel e lança,
Sei que tua rebeldia balança
No céu da minha bonança,
Em sutil esperança
Só não te quero prisioneiro,
Nem companheiro do meu desencanto,
Prefiro o silêncio que dói e arranha,
Ao canto amorfo que finge que ama
MORGANA
Rio de Janeiro, 26/12/04.
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