Certo dia , eu estava andando pelas ruas , e me lembrei dos tempos em que a vida era tão bem mais calma.
O sorriso das crianças era mais brando ... as cores das flores se tornavam cada vez mais vivas. A paz entre os seres humanos ainda existia ... ou era assim , ou dessa forma , pensava que fosse.
Um dia estava caminhando pelas ruas da avenida paulista , próximo a rua são joão , em São Paulo , quando encontrei uma senhora muito sábia , que já viveu muito , e mesmo destruída pelas pessoas , que a matou , aos poucos com as terríveis acusações , e a descriminação dessa sociedade hipócrita , que está sempre olhando a vida do próximo , para criticar.
Ao sair daquele lugar , entrei em um ónibus para ir em casa , sentei , sorri ironicamente , ao ver , o sofrimento das pessoas , que todos os dias vão aos seus empregos , acordam à s cinco horas da manhã , e tomam esses "ónibus" que na verdade parece carroças, vão se tremendo todos , até chegar ao seu destino.
Olhando esse caminho torto , presenciei crianças brigando por um pedaço de pão , nas favelas pessoas dançando samba, no meio daquela imundice e então me questionei , "como um ser humano , poderia viver naquelas circunstàncias, em que mundo , estamos"?... E então foi que me encontrei , as coisas não são como eram antes, a cidade cresce , mas os culpados na verdade, são os próprios seres humanos , que só conseguem ver seus "mundinhos" , e tornam -se cada vez mais como vegetais. Nascem , crescem , reproduzem e morrem, não têm vivacidade , não sonham, pois a vida é tão agitada , que nem para isso , resta - lhes tempo.
As crianças já não são mais crianças , meninos e meninas , beijam na boca com dez anos, com essa idade , eu brincava de bonecas, os jovens se matam , para querer ser melhor do que o outro.
Homem e mulheres , já esgotados pela pressão , que o mundo faz , trabalham feito escravos , para manter essa selva , que é nosso mundo , o mundo de encontros e desencontros, feio ou bonito , é assim que parece , agora aqui fora , ou dentro de nós... |