AUGUSTO SONETO DOS ANJOS
Momento em que da morte ouviu-se o sino,
Presente se fez a vida em seu olhar.
Não lhe bastaram chagas pra tomar
Do débil corpo aquele ar bem menino.
Malgrado seu adeus vir de inopino,
Cedo veio na lida iniciar.
Entrementes, algures há de estar
Seu espírito, seu verso, seu hino.
Ilustre personagem da Unidade,
Tempo não viveu, mas a eternidade
Vista em evolução, como nos eitos.
Poeta da alma e da carne.; noite e dia,
C a legítima vênia da ousadia,
A você, íncola etéreo, meus respeitos.
MAURICIO DE MELO PASSOS |