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Humor-->Meu Amigo Rocky -- 26/11/2000 - 17:57 (Nilo Sá) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para concorrer ao prêmio, é necessário que você leia o texto abaixo e, a seguir, dê a sua sincera opinião

É simplesmente impossível que eu seja a única pessoa nessa cidade a ter notado isso, estou a cada dia mais impressionado!

Quem de vocês não conhece o Rocky, aquele antigo e simpático cachorrinho que morava na extinta República Daberllota? Pois desde quando fazia 2º Grau e passava em frente a sua casa todos os dias percebia que ele não era um simples cãozinho, havia algo de especial ou talvez...estranho.

Como o via todo dia, logo ficamos amigos e sempre trocávamos algumas idéias. O engraçado é que ele passou a me esperar todos os dias como se estivesse me vigiando. Passei a frequentar as festas da sua casa e me admirei com a originalidade de suas fantasias. Seja de zorro, bebê (com direito a fraldinha) ou odalisca, estava sempre bem trajado. Mas o que me intrigava é que não parecia uma simples fantasia, mas sim um disfarce. Mas por quê um cachorro precisaria de um disfarce? Era impossível ele estar devendo na praça ou muito menos ter cometido um crime.

Quando entrei na universidade me espantei com a sua popularidade entre os universitários, era impressionante como todos o conheciam, ou melhor, como ele conhecia a todos. Logo soube que ele já havia trabalhado em vários setores da UFV. Começou no estábulo, passando pelo RU, biblioteca, Veterinária e DCE piscina, de onde saiu porque fora promovido a chefe de segurança do DCE. Sempre quando a diretoria do DCE ia às salas de aula para dar seus avisos, Rocky era responsável pela integridade física de todos os dirigentes. Sua capacidade e competência foram sendo cada vez mais reconhecidas e seu nome chegou a ser cogitado para a reitoria, mas ele recusou o convite se dizendo despreparado para assumir um cargo de tamanha relevância. Até hoje alguns estudantes, insatisfeitos com a atual gestão, pensam em formar a chapa Pró-Rocky – Rumo a reitoria e de volta ao progresso. Se dependesse unicamente de seus admiradores, com certeza teríamos um grande reitor.

Nessa época já haviam comentários sobre a possibilidade do Rocky ser a reencarnação de alguém importante, alguns mais ousados afirmavam com toda veracidade que era a reencarnação do Arthur Bernardes. Isso explicaria a sua grande capacidade de comunicação com as massas e o carisma que tinha com todos os que o cercavam. Essa teoria foi logo por mim descartada, pois sabia que não havia nada humano naquele cachorro.

Mas à medida que eu ia conseguindo elucidar partes de seu passado, percebia que ele se afastava de mim, como se estivesse querendo esconder algo. Passei então à observá-lo de longe, a seguir seus passos ligeiros e tomar o cuidado de nunca ser visto. Notei que todos os dias ele estava em frente ao PVA ou RU, mas o mais incrível é que com a mesma velocidade que ele aparecia ele simplesmente se evaporava, como num passe de mágica. Era necessário apenas um piscar de olhos. Nos finais de semana, como eu não freqüentava a UFV, sempre o via no Lanches Lú ou no Moreiras. Já não agüentava mais encontrar aquele cachorro, mas o pior ainda estava por vir, e foi numa Sexta-feira 13 que recebi o sinal...

Eram 20:30, havia feito uma prova e o encontrei na rampa do PVA. Nos cumprimentamos educadamente, mera formalidade, e vim para a cidade com um amigo que estava de moto. Quando passamos em frente ao Lanches Lú quem eu vejo parado me olhando? É exatamente quem vocês estão pensando, o Rocky estava lá. Mas como seria ele capaz de chegar primeiro que eu se vim de moto? Nem um carro sequer nos ultrapassou da UFV até o Lanches Lú, o que descarta a possibilidade dele também ter pego uma carona. Se isso é humanamente impossível, o que dizer no caso de um cachorro?

Não podia acreditar no que via, era inacreditável. Havia algo errado, um simples cão não conseguiria fazer isso, pelo menos sem ter poderes sobrecaninos. Mas talvez fosse essa a explicação para sua inteligência acima da média, para o fato de me sentir vigiado por ele e principalmente para todos aqueles disfarces. Mas se ele não era um cão, o que era aquilo que eu conhecia e que um dia chamei de amigo?

Viramos no Lanches Lú em direção ao Moreiras (numa manobra ilegal, diga-se de passagem) mas fiz questão de conferir se ele estava mesmo lá. Infelizmente vi que realmente não estava delirando, meus olhos não estavam mentindo. Menos de 30 segundos e chegamos no Moreiras, mas não deu tempo de descer da moto. Adivinhem quem estava parado em frente ao cachorrão do Filipão me encarando? Agora sim não resta dúvida, ou existem uns 30 Rockys em Viçosa ou meu amigo foi abduzido e substituído por um ET fantasiado de cachorro!

Fugi rápido para casa, me tranquei no meu quarto e comecei a pensar por que logo comigo isso tinha que acontecer. Devo ter chegado perto demais e isso pode tê-lo ameaçado, colocado em risco seu disfarce. Ele apenas estava me dando um sinal para me afastar dele e não atrapalhar seus planos; talvez gostasse realmente de mim e não quisesse que nada de mais grave acontecesse comigo. Mas era tarde, eu já sabia de tudo...

Não era á toa que ele estava sempre na UFV, nos bares e nas cervejadas; ele estava estudando nosso comportamento. Deve ter sido enviado de outro planeta para descobrir nossos pontos fracos e nos tornar susceptíveis a uma invasão em massa de seres da sua espécie. Um mercenário intergaláctico esteve esse tempo todo entre nós sem que ninguém fosse capaz de desmascará-lo; ninguém teve a sensibilidade de ver o monstro que se escondia atrás daquele focinho rosado.

Vocês podem achar que estou louco, mas quem foi ao galpão na festa "O Grito" também o presenciou em ação, estudando o nosso comportamento sob efeito do álcool (com certeza, uma de suas tarefas mais árduas). Pensem bem e vocês concordarão comigo, não era nem o horário muito menos o local de ser encontrar um cão.. E foi justamente lá que recebi um ultimato; ou saio de seu caminho ou algo de grave irá me acontecer. Por isso estou lhes contando isso, na esperança que alguém acredite em minhas palavras e, caso algo me ocorra, o impeça de destruir a humanidade.

Por favor, acreditem em mim e sigam meus conselhos. Sejam fortes, nunca demonstrem seus pontos fracos e, principalmente, não deixem que ele perceba que agora vocês também sabem o porque da sua convivência entre nós. Precisamos nos manter perto dele para pegá-lo de surpresa, essa é nossa única arma. Não façam nada precipitadamente; não conhecemos todos os seus poderes e o provocar pode custar muito caro a todos nós. Se isso ocorrer, talvez estejamos antecipando o nosso fim...

Boa Sorte!

Dê a sua opinião e ajude a salvar a humanidade


Você conhece o ROCKY? O que você acha dele?

( )Sim. Notei que ele é meio estranho e estamos realmente correndo risco de sermos exterminados
( )Não. Mas os fatos descritos acima me levam a crer que temos um ET entre nós
( )Sim. Notei que ele é meio estranho mas acho que não nos oferece nenhum perigo
( )Sim. Ele é um cão totalmente normal e o autor é que deve estar com a cabeça em outro planeta
( )Gostaria de saber onde o autor consumiu dessa bebida

Prêmio: 1 (uma) passagem de ida ao planeta B-612, com direito a um encontro de 45 minutos com o Pequeno Príncipe. Se você provar que é um gerreiro jedi (pega qualquer dragão), tem direito a uma parada na lua para assistir um workshop com São Jorge com o título "A arte de pegar Dragões".

Regulamento: O prêmio será sorteado ao final de um mês entre os leitores que opinaram na alternativa mais votada. O nome do felizardo será divulgado nessa página e ele terá de, num prazo de 48 (quarenta e oito) horas, comparecer na sede da Nasa, em Massachusetts, Texas, Ohio, munido dos seguintes itens :


Carteira de identidade e CPF
2 (duas) fotos 3x4
Equipamento completo para viagens espaciais
Brevê de piloto(para co-pilotar a nave, ao lado do americano Joe Miroglia)
2 (dois) terços e muita fé
6 (seis) limpadores de vulcão
3 (três) regadores (para aguar a rosa do Pequeno Príncipe)
5 (cinco) trevos de quatro folhas
Atestado de sanidade mental do autor
Passaporte carimbado pela embaixada do planeta B-612 no Brasil
ALÉM DISSO É IMPRESCINDÍVEL PARA O GANHADOR RECEBER O PRÊMIO SABER PRONUNCIAR "MASSACHUSETTS, TEXAS, OHIO" CORRETAMENTE E SEM CUSPIR

OBS.: A viagem de volta é de total responsabilidade do cliente, ficando este responsável por pegar os seus gansos e laçar todos os seus cometas para voltar para casa. A empresa não se responsabilizará caso o cliente pegue o cometa (sem trocadilho) errado e for parar em outro planeta , tampouco se for engolido por um buraco negro. Caso o vencedor não se apresente no local dentro do prazo estipulado ou se apresente sem algum itens obrigatórios ele perderá direito ao prêmio.
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