SONETO A YUCATAN
Yucatan, tu me vens em longínqua lembrança,
Mas de ti meu esprito não há de olvidar,
Enquanto viva em meu peito a chama restar,
Ícone Maya que transcende sua pujança.
Vieste-me em passado de sangue na França,
Malgrado somente eu o fizesse jorrar.
Rogo, contudo, por tua luz a me guiar,
Alumiando-me a fronte com tua esperança.
Península sagrada, terra dos Jaguares,
Eis-me aqui, a buscar-te em todos os lugares.
Brasil e Roma antiga, houve também os teus!
Das civilizações berço, povos doridos...
Ó Yucatan, após cinco ciclos vividos,
Vem acolher teu filho neste triste adeus.
MAURICIO DE MELO PASSOS |