Meu corpo submerso nas águas do mar sem fim, reage aos estímulos do vai e vem das ondas; águas que vão desoprimindo toda anguhstia, toda dor deixada pelas feridas das ondas da vida...
A maresia exala o cheiro que meus sentidos reconhecem como o verdadeiro odor da natureza, o mesmo odor que pairava meus dias no tempo de criança... sentia a areia cobrindo meus pezinhos, que corriam sem destino por toda aquela imensidão, liberdade pura e ingênua, que usufruía sem tempo, sem limites, desde a construção de pequeninos castelinhos a guerrinha de areia que surgia no ápice da diversão... pezinhos já cansados, corpinho já envolvido com o embalar da diversão de areia, agora pedia o embalar das ondas do mar.
Mergulhou, nadou e nadou... todo o corpinho embalado pela areia, naquele momento servia-se por inteiro ao mais profundo contato com a liberdade, envolvido com o embalar das ondas do mar...
Os anos se passaram, e ele continua ali naquele mesmo espaço, naquele mesmo limite, ao alcance dos meus olhos que diante de tanta beleza se perdem no meio da imensidão infinita...
Não saberia viver longe dessas ondas que invadem minha vida, não saberia reabastecer minhas energias sem me alimentar de sua purificação...
Lá vem as ondas clarear meus pensamentos e buscar minhas inquietações...
Lá se vão as ondas levando consigo minhas inquietações e deixando comigo a mais perfeita sensação do "nascer de novo"...
Estar longe do vai e vem das ondas salgadas nos seus dias de calmaria, do vai e vem nos seus dias de fúria, seria para mim cortar meu bem pela raiz!!!!