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Poesias-->No fôlego obliterado do ariete -- 13/01/2005 - 17:30 (joão manuel vilela rasteiro) |
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No fôlego obliterado do ariete
as águas imperecíveis do mondego
retalham a pele dos amantes
num processo mítico e descontínuo
da dinâmica eterna do amor
como dedos espargidos ao sol
amadurecendo o bálsamo do sangue,
sob a polpa fulminante da culpa
líquenes crescendo nos foles
das fendas do mármore pungente
o movimento iluminado da carne
nas gárgulas sitiadas de inês
a quietude sagrada do sacrifício
na doce elegância do desespero.
in, inédito - 2005 |
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