Sentia o intenso gosto do sangue
ao morder a suave garganta,
dilacerando as suas veias:
a energia penetrava em seu corpo,
que vibrava - estava salvo!
- até a próxima vítima -
seguiria a sua sina para sempre
até o findar do mundo,
levando a peste, a dor, o sofrimento,
a todos os lugares
onde pisasse e executasse
o seu macabro ritual, fatal.;
a menos que deparasse
com um mortal genial
que lhe pusesse termo.;
sucumbiria assim
e sua alma negra
para sempre sofreria
nas fossas da dor,
agrilhoada no fundo
de um mar de sangue
nauseabundo e podre,
regurgitando em sua garganta.;
como pobre mortal
sem direito à morte...
Do livro "De Passagem... Deslizes", no site
www.hotbook.com.br
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