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cronicas-->Mulheres... -- 24/06/2003 - 22:24 (José Renato Cação Cambraia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mulheres...

Quarta-feira, 18:32

Sala de TV da casa da Elisa e do Carlos Alberto. Elisa entra na sala furiosa.
- Você não acredita no que me aconteceu hoje no banco!
- O que?
- Fui pegar meu cartão novo e o caixa, um novinho de cabelo engomado, sabe quem é?
- Humm... acho que sei... que que tem?
- O cara me passou uma cantada!
- Como assim? Você tem certeza de que foi uma cantada?
- Ora, Carlos Alberto, lógico que eu tenho! A não ser que dizer "nossa, não sabia que eles estão fazendo bonecas que andam" significa "bem-vinda a nossa agência bancária, madame".
- Nossa, que cantada barata...
- Terrível!
- Você quer que eu o mate? Eu gostaria, me faria bem...
- Eu fico muito irritada com essas coisas, você sabe! Cara folgado, vai mexendo com os outros sem conhecer... um absurdo! Acha que as mulheres gostam de ficar ouvindo cantadas baratas na rua? Será que ele é um desses caras que buzinam ou assobiam quando uma mulher passa? Ele realmente espera que alguma mulher vá retribuir a uma buzinada? Ou um assobio? Quem gosta de assobio é cachorro!! Ai, que raiva!!
O Carlos Alberto conseguiu acalmar a Elisa rapidamente sussurrando cantadas velhas e batidas ditas em pseudo-castelhano no seu ouvido (tipo "el pierro tienes teléfono?") enquanto girava o corpo da esposa como naquelas cenas de beijo de cinema, e nesse momento, achou que, afinal, as mulheres não são tão complicadas assim...

Sexta-feira, quarto do casal,
20:17

Carlos Alberto saindo do banho, Elisa sentada na cama apertando freneticamente o controle remoto. Ele diz:
- Tó com vontade de comer sushi... topa?
- Sushi? Pode ser...

Sexta-feira, Restaurante Chinês, 21:13

Elisa e Carlos Alberto conversam mais uma vez sobre o fato de, apesar daquele ser um restaurante chinês, eles servirem sushi.
- Ah, é tudo a mesma coisa.
- Lógico que não, Carlos Alberto... não tem nada a ver uma com a outra...
- Eu como qualquer coisa...
- É, eu sei, por isso que tá esse bolo de banha...
- Que isso, Elisa?
Elisa pára de repente, olhando para a entrada do restaurante.
- Não acredito!
- Que foi??
- Olha ali o caixa do banco!
- Que que tem ele?
- Olha, Carlos Alberto, ele tá de mãos dadas com uma garota!
- E daí, Elisa?
- Eu não acredito! Canalha! Passa uma cantada em mim e depois aparece com outra? Crápula!
- Deve ser a namorada dele, ué...
- Ah, Carlos Alberto, vocês são todos iguais, né? Já tá defendendo seu semelhante... vocês tem o que, um clubinho dos machos paqueradores baratos?
- Eu? Eu não fiz na...
- Olha lá, olha lá, ele tá fazendo carinho nela! Passando o nariz no rosto dela! Ah, eu não aguento...
- Elisa, onde você vai, volta aqui...

Elisa levantou-se furiosamente e andou até a mesa do casal pisando duro. O Carlos Alberto ficou vendo a cena sem se levantar. Elisa apontava e balançava agressivamente o indicador diversas vezes na direção do pobre caixa, que estava encolhido diante daquela mulher ameaçadora. A namorada dele não póde fazer nada quando Elisa agarrou um copo cheio de coca-cola, limão e gelo e jogou o conteúdo na cara do engomado caixa de banco, seguido das palavras "Patife" e "Canalha".
O Carlos Alberto bebericava sua fanta pensando, agora definiti-vamente, em como as mulheres são realmente muito complicadas.




Renato Cação Cambraia não acha que as mulheres são tão complicadas assim, pois já aprendeu que um reticente "claro que não..." significa "é claro que eu tó brava, seu imbecil!"
BECO/JORNAL A SEMANA -
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