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Artigos-->A ilha-prisão do Dr. Castro -- 29/07/2002 - 10:38 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há contos fantásticos sendo divulgados a partir da ilha-presídio do Dr. Castro. Apesar dos crimes que o bandido em Cuba comete, não diminui, pelo contrário, até aumenta, entre nós o número de lambe-botas do tirano que há mais de 40 anos tortura a população da outrora pérola do Caribe.



Quem não lembra do séquito que acompanhou Lula-laite, no ano de 2000, em feliz e alegre passeio pela Ilha, com camarão regado a mojito e havana? E o olhar extasiado, servil, humilde, de Lula-laite fitando o tirano, a exemplo do que ocorrera décadas atrás com o "filósofo da geleca (*)", Jean-Paul Sartre?



Abaixo, o grito desesperador de um ser humano, que teve a desgraça de nascer no solo cubano.



(*) geleca = geléia + meleca. Sartre, em suas divagações filosóficas, dizia que havia uma filosofia sólida a respeito da pedra, p. ex., por ser sólida, e também da água, por ser líqüida e fluir livremente. "Nem completamente sólido, nem perfeitamente líqüido, o corpo do homem é viscoso" - decretou Sartre. "O viscoso é a vingança do em-si" - encerrou, sem mais explicações.



---------



“Mensagem humanitária urgente!



A família cubana integrada por Oriel de Armas Peraza, sua esposa Raiza Portal Sánches e sua pequena filha Brenda de Armas Portal, de 4 anos, se encontram na Itália, onde lhes foi negado asilo político, e podem ser deportados nos próximos dias! (tel. celular em Itália: 34-050277264)



Esta mensagem é especialmente dirigida à SS. João Paulo II; ao Exmº Sr. Presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi; ao Sr. Presidente do Conselho de Ministros, Silvio Berlusconi; aos Ministros do Interior e Defesa e demais autoridades civis italianas; ao Sr. Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Camilo Ruini; ao Sr. Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Imigrantes e Intinerantes, Mons. Stephen Fumio Hamao; aos Srs. Cardeais e Bispos católicos da Itália; aos Srs. Bispos auxiliares de Miami (Estados Unidos) e de Los Teques (Venezuela), Mons. Agustín Román e Mons. Eduardo Boza Masvidal, ambos nascidos em Cuba; às agências católicas Fides, Zenit, ACI e Cáritas; ao comissário da União Européia para a Ajuda Humanitária, Poul Nielsen; ao recém nomeado alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Sergio Vieira de Mello; às entidades humanitárias, em particular, Anistia Internacional, Human Rights e Reporteros Sin Fronteras; ao sub-secretário de Estado norte-americano Dr. Otto Reich, nascido em Cuba; aos congressistas cubano-americanos Lincoln Díaz-Balart, Ileana Ros-Lehtinen e Bob Menendez; aos jornais cubanos da Flórida, Diario Las Americas e El Nuevo Herald, em particular, aos repórteres Wilfredo Cancio e Pablo Alfonso; às rádios Mambí; La Cubaníssima e Martí, também da Flórida; aos exilados cubanos do mundo inteiro; a todos os homens e mulheres de boa vontade.



Bom dia, meu nome é Enrique de Armas Sou exilado cubano da Unión de Cubanos na Suecia e tio do jovem Oriel de Armas, de 28 anos, natural da província de Santa Clara, Cuba.



Na ilha de Cuba, Oriel teve uma larga, ativa e pacífica militância no Partido Pró Direitos Humanos. Perseguido, fustigado e vigiado constantemente, correndo o perigo de ser encarcerado e inclusive assassinado, conseguiu fugir para a Alemanha tendo que recorrer a pagamento de suborno a funcionários migratórios cubanos.



Sua esposa Raiza, de 30 anos e sua filhinha conseguem sair para a Alemanha, através de um cidadão alemão que aceitou "casar-se", estritamente nos papéis, com Raiza. Diga-se de passagem, este humilhante e degradante recurso, apesar de limitar-se a um procedimento formal, é uma das desesperadas maneiras que as mulheres encontram para poder fugir do inferno cubano, algo que o mundo desconhece.



Já reunida na Alemanha, a família de Armas Partal viajou a Vicenza, ao norte da Itália, onde reside uma irmã de Oriel.



Em 8 de setembro de 2001 pediram asilo político na Questura de Vicenza, sendo atendidos pela oficial Srª. Dovigo Gaetana, que lhes fez retornar em 11 de setembro do mesmo ano, para dar-lhes uma resposta.



Apesar de Oriel ter apresentado documentos que demonstravam sua situação de perseguido político em Cuba, as autoridades migratórias de Vicenza lhe negaram o status de "Rifugiato Politico", dando-lhe um visto de permanência até 8 de dezembro de 2001, o qual foi renovado a cada dois meses, até 6 de abril de 2002.



Em 10 de abril lhes chega uma carta do Ministério do Interior, na qual se insinua a deportação da família à Alemanha, pois informa que será esse país o que passará a analisar seu caso. Com enorme apreensão, Oriel de Armas e família solicitam entrevista com a oficial Srª Dovigo Gaetana, e lhe imploram que o governo italiano não os envie à Alemanha, pois têm informações seguras que de lá serão deportados para Cuba.



Por sugestão da tal oficial, apresentam na Questura de Vicenza uma Carta de Apelação ao Presidente da Itália. A mesma autoridade policial lhes disse que teriam a resposta definitiva em 8 de julho. Porém, assim como antes havia negado uma permissão temporária de trabalho para Oriel, negou uma permissão necessária de assistência médica urgente para Raiza, que padece de tireoidismo crônico e a menina Brenda, com fortes crises de asma.



Chegou assim ao auge o desespero e o nervosismo de meu querido sobrinho Oriel, algo muito compreensível depois de anos e meses de padecimentos. Ele pensou erradamente que a base militar norte-americana "Ederle", existente em Vicenza, era considerada juridicamente como território dos Estados Unidos. Assim, em 4 de julho pp., festa nacional de tal país, aproveitando que se franquearam as portas dessa base ao público, decidiu entrar ali com sua família, apresentar-se ao general chefe da unidade e solicitar asilo político nos Estados Unidos, de acordo com a Lei de Ajuste Cubana.



Através de um intérprete, o general informou que precisava fazer consultas, pois era uma situação sem precedentes para ele. Depois de horas de ligações telefônicas e sendo quase meia-noite, o general abandonou a base sem dar explicações e nem sequer despediu-se. Pouco depois, entrou a polícia e desalojou brutalmente Oriel, sua esposa e sua filhinha, ambas chorando desesperadamente.



Fui testemunha auditiva desse drama, pois meu sobrinho Oriel em meio a resistência, pode conectar seu celular, através do qual me foi possível ouvir os gritos dos policiais e os prantos de Raiza e de Brenda, que nesse dia comemorava seus 4 anos de vida.



Pobrezinha! Essa foi a "festa" de aniversário que o general americano e os policiais italianos lhe brindaram! Em 8 de julho, Oriel se apresentou novamente novamente na Questura de Vicenza e falou longamente com a oficial Dovigo, a qual lhe deu outro visto de permanência por 4 semanas mais. Tudo indica que 8 de agosto possa ser o prazo final para a deportação.

Diante desse fatídico prazo que se encerra, eu, Enrique de Armas Arango - diante de Deus e do do clamor de minha consciência de cubano desterrado, de tio e de cristão -, me vejo obrigado a tornar públicos estes fatos, efetuando um dramático apelo destinado a tão altas e ilustres autoridades espirituais e civís acima mencionadas.



Previamente, a partir de 4 de julho pp., encaminhei diversas mensagens privadas por Internet a personalidades de diversos países às quais eu pensava que poderiam interceder, perante as autoridades italianas, para que Oriel e família NÃO sejam deportados. Em tais mensagens incluía não só meu telefone, como também o telefone celular de Oriel.



Entretanto, com honrosas exceções, o silêncio foi a resposta a meus pedidos de auxílio em favor da família de Armas Portal. Prefiro, ao menos no momento, não dar a conhecer detalhes dessas tentativas.



Pelas razões acima expostas, hoje me sinto obrigado a fazer este apelo público, destinado especialmente, porém não exclusivamente, a tão altas e ilustres autoridades espirituais e civís acima mencionadas.



Espero, delas, toda a urgente atenção que este caso humanitário requer.



Me vejo alentado a fazer este apelo público, quase desesperado, depois da leitura dos documentos que abordam o tema dos refugiados e que clamam pela defesa dos seus direitos, de maneira especialíssima, quando se trata de mulheres e de crianças, como é o caso de Raiza e de Brendita. Se trata nada menos que da "Messagio di Sua Santità Giovanni Paolo II per la 88ª Giornata Mondiale del Migrante e del Rifugiato (2002)" e da "Carta giubilare dei Diritti dei Profughi", emenda do "Pontificio Consiglio della Pastorale per i Migranti e gli Itineranti". Ponho à disposição dos leitores interessados o texto completo de ambos os documentos em italiano.



Também coloco à disposição o número e código do expediente da "famiglia de Armas Portal", com os dados de controle das autoridades migratórias italianas e o endereço da Questura de Vicenza: Oriel de Armas Peraza (A-212750) / (02 V 1024980); Raiza Portal Sánches e Brenda de Armas Portal, ambas com o registro (A-212751) / (02 V 1024978).

Questura de Vicenza:



Ufficio Prevenzione Generales (tel. 39-0444337515)

Viale Mazzini 213

Vicenza

Meu telefone-fax na Suécia, onde resido: 46-915-10004. Meu telefone celular: 46-073-0581606

Telefone celular de Oriel de Armas Peraza e família na Itália: 34-05-277264

Também na Itália, para maiores informações sobre o drama da família de Armas Portal, por favor, lhes sugiro dirigir-se ao Comitato Italiano per i Diritti Umani a Cuba.

Joel Rodriguez, vice-presidente. Caludio Carpentieri, sócio.



Declaro finalmente que esta divulgação é de minha exclusiva responsabilidade. Que Deus abençoe por vossa atenção e ajuda.



Desejaria ter uma resposta vossa, se for possível, indicando alguma maneira de colaboração para que Oriel, Raiza e Brendita possam permancer na Itália, um acolhedor país de fé e liberdade.



Saudações cordiais, da Suécia, de



Enrique de Armas Arango



PS. Respeitarei o desejo daqueles que prefiram NÃO receber mais mensagens sobre este assunto e me informem e colocando "Retirar" na alínea de Assunto ou "Subject".



Antecipadamente, grato por vossa compreensão e respeito por minha angústia de cubano, de tio e de cristão.



Tradução: Graça Salgueiro”

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