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Cordel-->OS ENSINAMENTOS DE CRISTO -- 15/07/2007 - 20:36 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS ENSINAMENTOS DE CRISTO

Como muitos pecadores
De Jesus se aproximavam,
E os fariseus orgulhosos
Disto se escandalizavam,
Contou Cristo esta parábola
A todos que ali se achavam:

A OVELHA DESGARRADA

Um pastor tem cem ovelhas,
Mas um dia pastoreando,
De repente ele nota
Que uma está faltando,
Deixa então as restantes
E a outra sai procurando.

Não descansa e procura
Até que seja encontrada
E, voltando para casa,
Convoca a companheirada
Para festejar o encontro
Da ovelha desgarrada.

Portanto, há mais alegria
No céu entre os principados,
Quando algum pecador
Se arrepende dos pecados,
Do que por noventa e nove
Que já estão justificados.


A MOEDA PERDIDA

E assim uma mulher
Age da mesma maneira,
Tendo ela duas moedas,
Uma, porém, se perdera:
Acende a lamparina
E varre a casa inteira.

Encontrando-a, se alegra,
Muito mais que por aquela
Que não se havia perdida
E estava junto dela;
Conclama suas amigas
Pra se alegrarem com ela.

E assim, entre os anjos,
Há muito mais alegria
Por um pecador somente,
Quando se penitencia,
Do que por noventa e nove
Que pensam ter mais valia.


OS DOIS FILHOS

Um homem tinha dois filhos
E foi dizendo ao primeiro
Que trabalhasse na vinha
Naquele dia inteiro,
Mas ele disse: Não vou,
Porém foi ser vinhateiro.

Outro seu filho lhe disse,
Vou sim trabalhar na vinha,
Entretanto este não foi,
Porquanto não lhe convinha;
- Quem dos dois se comportou,
Andando certo na linha?

Os fariseus responderam,
Na certa foi o primeiro,
Que de início recusou,
Porém depois foi ligeiro
Trabalhar o dia todo,
Sendo um bom jornaleiro.

“Proscritos e prostitutas,
Antes de vocês irão”,
Foi-lhes dizendo Jesus,
“Porquanto creram em João,
Vocês justos estão fora
Do reino da salvação”.


O FILHO PRÓDIGO

Prosseguindo, Cristo disse:
- Um caso quero narrar
Para melhor compreensão
Do que lhes vou ensinar:
Havia um fazendeiro
Com dois filhos pra educar.

O mais novo disse ao pai:
- Cansei de lhe obedecer,
Portanto me dê a herança
Que a mim me pertencer,
Amanhã já vou embora,
Quero o mundo conhecer.

Apesar de contrariado,
O pai justo e sensato,
Deu-lhe a metade dos bens
E aquele filho ingrato
Abandonou o seu lar,
Foi ser como cão e gato.

O moço inexperiente
Que não queria labutas,
Chegou numa terra estranha
Sem saber que havia lutas,
Lá dissipou os seus bens
Com mulheres prostitutas.

Certo dia sobreveio
Grande fome na região,
E assim o pobre jovem
Ficou em má situação,
Passando necessidade,
Sentindo grande aflição.

Tristonho e constrangido,
Um emprego procurou
Na casa dum fazendeiro,
Que um serviço lhe arrumou;
Para cuidar de seus porcos
O patrão lhe contratou.

Trabalhando o dia todo,
Porém muito contrariado,
Ao mesmo tempo sentindo
Bastante esfomeado,
Comeu até porcarias
Com os porcos ao seu lado.

Pôs-se, então a pensar:
“Meus planos foram baldados,
Enquanto aqui eu padeço
Lá em casa os empregados
Vivem todos na fartura
E melhor alimentados.

Eu vou imediatamente
Pra minha casa voltar
Ao meu pai irei dizer
Logo assim que eu chegar:
“Contra o céu e contra ti
Eu pequei por não pensar.

Como um criado qualquer,
Eu pretendo ser tratado,
Pois pelo nome de filho
Não mereço ser chamado”;
Assim tomou o caminho
Do lar que havia deixado.

Muito antes de chegar,
O seu pai o avistou,
Correndo ao seu encontro,
Sobre o filho se jogou,
Abraçando-o fortemente,
Várias vezes o beijou.

O filho foi lhe dizendo:
“Eu sei que agi errado,
Contra o céu e contra ti
Eu cometi um pecado,
Não posso mais ser teu filho,
Trata-me como um criado.

O pai bastante alegre
Disse logo aos empregados:
“Trazem-me a melhor veste
Toda cheia de bordados,
Botem-lhe um anel no dedo,
Nos seus pés novos calçados”.

Matem um novilho gordo,
Pois quero que seja dado
Um grandioso banquete,
Bem festivo e musicado,
Para meu filho perdido
Que hoje é reencontrado.

Quando o filho mais velho,
Do trabalho regressou
E viu aquela festança
Muito assustado ficou,
Perguntando a um criado,
Ao que este lhe explicou.

“É seu irmão que voltou
E seu pai mandou matar
Um novilho novo e gordo
Para um banquete nos dar,
Mas o filho primogênito
Recusou-se a entrar.

Chamou-lhe o pai pra festa,
Mas ele argumentou:
“Matou-se um novilho gordo
Para este que voltou
Depois que todo o dinheiro
Com prostitutas gastou.

Quanto a mim que fui fiel
E ao trabalho dediquei
Para ajudar nas despesas
E nunca o contrariei,
Pra comer com meus amigos
Nem um cabrito ganhei.

Disse-lhe o pai: - Meu filho,
Agir assim não convém,
Você está sempre comigo
E já sabe muito bem
Que tudo quanto é meu
Pertence a você também.

Foi preciso festejarmos
Desse modo alegremente
A volta do seu irmão
Que pra nós foi um presente,
Pois que ele estava morto
E reviveu novamente.

O ADMINISTRADOR PRUDENTE

E Jesus disse ainda:
- Havia um proprietário
Cujo administrador
Estava sendo usurário,
Dissipando-lhe os bens,
Por ser muito ordinário.

O patrão foi ter com ele
Com muita indignação,
Dizendo-lhe com dureza:
- Explique-me a situação,
Preste-me agora a conta
De sua administração.

Aquele administrador
Pôs-se então a pensar:
“Que hei de fazer agora
Se não gosto de lavrar
E ao mesmo tempo sinto
Vergonha de mendigar!”

Já sei o que vou fazer,
Disse por fim decidido,
Para que quando eu for
Do emprego despedido
E na casa dum amigo
Eu possa ser recebido.

“Quanto deve ao patrão?”
Perguntou a um devedor;
“Cem medidas de azeite”,
Respondeu-lhe o bom senhor;
“Eu só vou cobrar cinqüenta”,
Disse-lhe o administrador.

A mesma pergunta fez
Para outro endividado;
“São cem medidas de trigo”,
Respondeu o interrogado,
“Você só deve oitenta,
O resto está perdoado”.

Vendo isso, o proprietário
Admirou-se bastante,
Já que os filhos das trevas
Têm um jeito interessante
E são muito mais espertos
No trato ao semelhante.

A UNÇÃO EM BETÂNIA

Jesus foi com os apóstolos
Para a casa de Simão,
Na cidade de Betânia,
E, durante a refeição,
De Maria Madalena
Recebeu uma unção.

Judas que viu esta cena
Começou logo a dizer:
- Este perfume tão caro
Dever-se-ia vender
Por bom preço e assim
Muitos pobres socorrer.

Mas Judas estas palavras
Não disse de coração,
Pelos pobres jamais teve
Alguma preocupação,
Ao contrário, sempre foi,
Um ambicioso ladrão.

O dinheiro das ofertas
Era ele quem guardava;
Tendo consigo a bolsa
Freqüentemente furtava
As moedas que o povo
Por caridade lhes dava.

Jesus entretanto disse:
- Será que não entendeis
Que neste mundo os pobres
Convosco sempre tereis?
A mim, porém, brevemente,
E já não mais me vereis.

Digo que esta mulher
Fez-me um gesto sagrado,
Por conseguinte seu nome
Haverá de ser lembrado,
Onde quer que o evangelho
Pelo mundo for pregado.

BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benegcosta@yahoo.com.br
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS




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